O contrato de Valdivia vence em agosto, e as partes ainda negociam para saber se haverá ou não prorrogação de seu vínculo. O jogador vivia a ansiedade de voltar a jogar. Conseguiu isso na partida contra o Mogi Mirim, entrando no segundo tempo no lugar de Cristaldo. Sem moral para frear o meia ou dizer não às suas vontades, Paulo Nobre arrumou um sujeito linha dura e o colocou na como escudo nas negociações. Alexandre Mattos não dá mole e trabalha o tempo todo. É ele que trata do assunto Valdivia.
O Palmeiras oferece R$ 150 mil mensais para Valdivia e mais R$ 60 mil por jogo de produtividade. Neste ano, o jogador fez apenas um jogo. Seu salário vai depender das vezes em que estiver em campo. Pode sair do banco ou começar entre os 11 de Oswaldo de Oliveira. Pode atuar 1 minuto que receberá a cota cheia. A escalação de Valdivia continua sendo de responsabilidade do treinador. De certa forma, Oswaldo fará o salário do jogador. Como o problema do meia chileno não é técnico, sempre que tiver condições, Valdivia estará em campo.
Para ganhar por produtividade, ele terá de se cuidar mais, não que não se cuide, mas terá de conhecer melhor seu corpo e tratar dele com mais carinho, afinal de contas, cada vez que deixar de ser relacionado e não pisar no gramado, estará deixando de ganhar R$ 60 mil. Os jogadores que ganham dessa forma precisam ter mais compromisso, feito o locutor de rádio e tevê que precisa evitar gelados.
Ao que parece, dada a demora do acerto, esse é o único caminho para que Valdivia permaneça no Palmeiras. Ele jura amor ao time e ainda não tem propostas claras para mudar de ares, pelo menos não anunciadas. Nesse momento, é pegar ou largar. O fato de ter um time mais montado ajuda a diretoria a ser mais insistente com suas intenções. Neste ano, o Palmeiras não se vê refém de nenhum jogador. Valdivia recebe perto dos R$ 500 mil mensais. Se for produtivo, como o Palmeiras espera, fará o mesmo salário, ou até maior. Se não jogar, como se viu neste começo de ano, terá garantido os R$ 150 mil mensais.
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