[OFF] Sobrinho de Paulo Nunes, zagueiro sonha despontar no cenário nacional

Revelado pelo Goiás, Allef se inspira nos passos do tio, ídolo de Grêmio e Palmeiras; "Diabo Loiro" incentiva carreira e aconselha o jovem, atualmente titular no Itumbiara

Allef: sobrinho do atacante Paulo Nunes é zagueiro e defende o Itumbiara (Foto: Guilherme Gonçalves/GloboEsporte.com)



Allef Bessa Nunes carrega no sobrenome, nos traços físicos e na vontade de se tornar um grande jogador a nítida influência do tio ilustre: Paulo Nunes, atacante de destaque no futebol brasileiro dos anos 1990. Da genética talentosa aos conselhos que recebe do familiar, o zagueiro de 21 anos tenta se desenvolver e fazer deslanchar a carreira. Atualmente, é titular absoluto ao lado do experiente Gladstone no Itumbiara, possível semifinalista do Campeonato Goiano.



Revelado nas categorias de base do Goiás, desde cedo Allef conviveu com dicas de Paulo Nunes, irmão de seu pai. Apesar de não ter visto o tio no auge, quando defendia Grêmio e Palmeiras, o jovem garante se inspirar na trajetória do "Diabo Loiro" e nas histórias que cresceu ouvindo.



- Meu tio teve uma grande história no futebol brasileiro. Pretendo seguir o mesmo caminho dele. É uma posição completamente diferente, mas isso não me impede de absorver a experiência e outras dicas dele. Ele era atacante de velocidade e fazia gols. Eu optei por ser zagueiro, fico atrás, mas posso me destacar parando justamente esse tipo de jogador - avalia.



Quando Allef nasceu, em 9 de dezembro de 1993, Paulo Nunes era jogador do Flamengo, clube que defendeu entre 1990 e 1994. O ex-atacante acompanha a carreira do sobrinho desde os primeiros passos. Viu o garoto brilhar na base esmeraldina e também superar adversidades, como uma ruptura de ligamento cruzado no joelho direito.



- É um menino que realmente quer ser jogador de futebol. Teve momentos muito bons no Goiás. Foi titular em todas as categorias. Infelizmente, perdeu bastante tempo quando sofreu uma lesão grave que eu também tive quando era jogador. Justamente na transição para o profissional. Ele conseguiu superar e agora está ganhando maturidade no Itumbiara e no Goianão. Não basta ter talento. Tem que ter vontade. E ele tem muita - afirma Paulo Nunes, goiano de Pontalina.





Allef bebê no colo de Paulo Nunes; mais velho ao lado do tio; e fazendo homenagem ao "Diabo Loiro" (Foto: Infoesporte)



Nas primeiras experiências como atleta em formação, Allef chegou a atuar como atacante. Aos poucos foi recuando, jogou de lateral-direito e se encontrou na defesa. Fato que é visto com bons olhos por Paulo Nunes, que o aponta como um zagueiro versátil e descarta o estilo "brucutu".



- Quando eu jogava, tinha receio de enfrentar zagueiros velozes. Sempre disse isso a ele, que tem essa característica. O Allef é rápido, tem uma recuperação muito boa. Às vezes, peca por ser firme em lances que não precisa, mas isso é da idade. Sem falar na técnica. Ele começou na frente, então tem uma certa habilidade. O senso de posição na bola aérea também é bom. Já vi fazendo gols assim - conta o tio.



O parentesco com um jogador que foi ícone no Grêmio e no Palmeiras, que defendeu Flamengo, Benfica, de Portugal, e Corinthians, bem como chegou a vestir a camisa da seleção brasileira, não é motivo de apreensão por parte de Allef. O zagueiro diz suportar bem a pressão.



- É tranquilo. Lido bem com essa situação. Ele me aconselha e me ajuda a cuidar de algumas coisas. Dá opinião em alguns aspectos, já que é um cara vivido e experiente. Estou começando e preciso ouvir esses conselhos - admite, apesar de Paulo Nunes não gerenciar sua carreira.





Ídolo de Grêmio e Palmeiras nos anos 1990, Paulo Nunes acompanha a carreira do sobrinho (Foto: Paola Loewe)



Em 2014, Allef foi emprestado pelo Goiás ao Itumbiara e disputou a Divisão de Acesso. O clube subiu para a elite do Goiano e atualmente sonha com uma vaga na semifinal - é líder do Grupo A, mas folga na rodada desta quarta, a última da fase de classificação. O zagueiro já não tem contrato com o Alviverde e pode até reencontrar o ex-clube em jogo decisivo, caso avance no estadual.



- Queremos disputar o título. Nos preparamos bem para isso. Pode apostar que, se avançarmos, vamos dar trabalho para qualquer adversário na fase final - conclui.





Allef gesticula durante treino: zagueiro forma dupla titular com Gladstone (Foto: Guilherme Gonçalves/GloboEsporte.com)

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