Capitão do Palmeiras usa camisa de Oscar para homenagear esposa

Ala-Armador Neto exibe a camisa número 14. No detalhe, ídolo Oscar no time alviverde em começo de carreira.



A camisa 14 do Palmeiras, usada por Oscar Schmidt no começo de sua carreira, atualmente está em poder do ala-armador Neto. Um dos destaques do time no Novo Basquete Brasil (NBB), ele admira o ex-jogador, mas escolheu o número para homenagear a esposa Mireia, nascida no dia 14 de junho.



“Eu sempre usei a camisa nove, desde a época de juvenil. Quando cheguei ao Palmeiras, quis fazer uma homenagem à minha mulher e acabei optando pelo número 14 por causa do aniversário dela”, disse Neto à Gazeta Esportiva na véspera do confronto com o Franca, pela oitavas de final do NBB.



Oscar já vestiu outros números, mas usou o 14 em grande parte da carreira, como nas passagens por Corinthians, Flamengo e Seleção Brasileira, além do próprio Palmeiras. Embora tenha escolhido a peça para homenagear a mulher, Neto se disse honrado por jogar com a camisa que o ídolo vestiu no começo de sua trajetória.



“O Oscar é um grande astro, um pontuador nato. É o que tento fazer aqui: ajudar a equipe com meus pontos”, afirmou Neto, cestinha do Palmeiras no NBB (média de 14,27 por partida). “É especial saber que ele jogou com a essa mesma camisa que eu visto hoje”, contou o atleta, capitão do time.



O ídolo iniciou a carreira no Palmeiras nos anos 1970 e, cinco Olimpíadas depois, parou no Flamengo, em 2003. Nascido no ano de 1986, Neto acompanhou parte dos feitos de Oscar e chegou a ver o astro de perto no final de sua trajetória esportiva.



“Pouco antes de ele se aposentar, todos os jogos acabavam sendo comemorativos, porque sempre tinha alguma homenagem. Nessa época, eu estava em Ribeirão Preto e vi uma partida do Oscar pelo Flamengo contra o time da cidade. Foi um excelente profissional”, elogiou Neto.



Com o número 14 às costas, o ala-armador nascido em Rondônia vive a melhor fase de sua carreira. Aos 29 anos, ídolo da torcida alviverde, Neto é o cestinha do Palmeiras no NBB, atua como capitão e participou da última edição do Jogo das Estrelas.



Às 20 horas (de Brasília) desta quarta-feira, com Neto no auge, o Palmeiras inicia as oitavas de final do NBB diante do Franca no Ginásio Pedrocão, palco de três dos cinco jogos da série. O desempenho do time alviverde fora de casa preocupa, já que apenas três das 13 vitórias da fase de classificação foram na condição de visitante.



“Temos que fazer o melhor possível. Vamos para conseguir uma vitória e, se possível, até duas. Sabemos que nossa campanha em casa é bem melhor, mas o playoff é outro campeonato, um momento diferente. É hora de esquecer o que já passou e pensar no que está por vir”, afirmou Neto.



Na fase de classificação, o Palmeiras perdeu do Franca no Ginásio Pedrocão (74 x 80) e ganhou no Palestra Itália (96 x 90, na prorrogação). Nesta quarta-feira, Neto acha que a crise financeira do adversário, obrigado a reduzir os salários dos atletas para sobreviver, pode ser explorada.



“Com certeza, temos que usar isso a nosso favor. A gente aqui no Palmeiras está passando por uma boa fase financeira. O que está acontecendo em Franca, é problema deles. Já analisamos o time adversário e treinamos para minimizar os seus pontos fortes”, afirmou.





Marrelli: "Neto é chave de motor"



Diferentemente de Oscar, corintiano de coração, Neto é torcedor do Palmeiras. O capitão do time costuma mexer com a torcida dentro de quadra durante as partidas, característica valorizada pelo técnico Régis Marrelli.



“O Neto é o espírito da equipe. Costumo falar que alguns jogadores são ‘chave de motor’. Diante das atitudes desse tipo de atleta, os outros têm que acompanhar, porque caso contrário ficam com vergonha. Ele passa muita coisa boa ao time”, disse.



Nos jogos no Palestra Itália, Neto é o responsável por incendiar o público, contou Marrelli. “Ele tem uma empatia muito grande com a torcida e, quando faz cesta, sempre chama a arquibancada. É fundamental, porque motiva o time”, afirmou.

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