Régis Angeli quer surpreender o Palmeiras no Paulistão
Três mudanças de técnico em um período de um mês. Sinal de crise em um clube? No caso do Botafogo-SP, não é isso que acontece. Classificado às quartas de final do Paulistão para enfrentar o Palmeiras, no domingo, às 11h, no Allianz Parque, o time de Ribeirão vive um ótimo momento na temporada.
Além de estar nas quartas do estadual, está perto de carimbar a conquista de seu maior objetivo no ano: uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro, que acontece com uma simples vitória do Santos sobre o XV de Piracicaba, rival direto na luta pelo direito de disputar a quarta divisão do futebol nacional.
Depois das demissões de Alexandre Ferreira e Mazola Junior em menos de 30 dias, Régis Angeli assumiu o Botafogo no dia 30 de março, uma semana antes do duelo contra o São Paulo, que culminou com vitória do Pantera por 2 a 0 e, do outro lado, queda de Muricy Ramalho. Régis destacou a recuperação da coletividade da equipe na partida contra o Tricolor Paulista como fator preponderante para a conquista da vaga e como arma para bater o Verdão.
"Nossa principal arma é o conjunto. Nos dois últimos jogos (contra São Paulo e Mogi Mirim), a equipe acreditou nas nossas palavras. A gente precisava jogar mais coletivamente. Estavam carregando a bola muito, cada um por si. Isso mudou. Todos passaram a jogar mais coletivamente. Principalmente contra o São Paulo, o time jogou bem determinado porque sabia que havia a necessidade da vitória. Então, foi a determinação e o jogo coletivo que nos levaram à classificação", avaliou.
O regulamento do campeonato, de início, determinava que o terceiro melhor colocado entre os grandes de São Paulo jogasse as quartas de final na casa do adversário, o que faria com que o Palmeiras tivesse de atuar em Ribeirão Preto. Entretanto, o clube alviverde conseguiu a brecha e o direito de jogar no Allianz Parque, já que teve melhor campanha que o Botafogo na primeira fase. Apesar da desvantagem de jogar fora de casa, Régis afirmou que o clube não teve nenhum descontentamento quanto à definição do mando de campo.
"Penso que o jogo no Allianz Parque é algo positivo. É um estádio moderno, que tem o gramado em ótimas condições, e a segurança é uma das melhores do estado. Quanto à torcida, se fosse no Allianz ou no Santa Cruz, a torcida maior seria do Palmeiras. Há vantagem, logicamente, o Palmeiras está acostumado a jogar lá. Mas isso não nos impede de fazer uma boa atuação como fizemos contra o São Paulo. Não vejo tanta desvantagem assim", declarou o comandante tricolor.
Amigo de Vágner Mancini, Régis foi auxiliar do ex-treinador do Botafogo carioca no ano passado, além de ter trabalhado com ele no Cruzeiro e no Atlético-PR. Agora como treinador efetivado no Pantera, Régis revelou ainda contar com os conselhos do amigo, atualmente em um período "sabático", semelhante ao que Tite teve após a saída do Corinthians em 2013.
"Quando assumi o Botafogo, na segunda feira antes do jogo contra o São Paulo, já havia conversado com ele e depois, na quinta, voltamos a conversar. Tirei duvidas quanto ao time adversário e ao esquema tático que usar contra eles. Ainda não tive a oportunidade de falar com ele antes das quartas, mas é lógico que como amigo vamos trocar ideia. É um cara capacitado, inteligente. Temos que estar perto dessas pessoas, ainda mais sendo um amigo. Vou pegar dicas com ele, sim", concluiu o treinador.
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