Rafael Marques faz sua comemoração característica para o LANCE! (FOTO: Reginaldo Castro)
A primeira passagem de Rafael Marques pelo Palmeiras, em 2004, teve apenas 13 jogos e um gol. Às 11h deste domingo, contra o Botafogo-SP, justamente em sua 13ª exibição desde o retorno ao clube, o atacante terá a chance de confirmar que, depois de 11 anos, pode ser considerado "outro jogador".
Em números, a nova passagem já é melhor: são cinco gols, que o colocam na condição de artilheiro do time no Estadual ao lado de Robinho. Ser decisivo no jogo único das quartas de final, no Allianz Parque, seria uma forma de colocar uma pedra sobre um trauma daquela época.
Muitos palmeirenses ainda têm um pé atrás com o jogador de 31 anos por causa de um mata-mata de Paulistão. No jogo de ida da semifinal de 2004, contra o Paulista de Jundiaí, ele foi titular na vaga do lesionado Vagner Love e perdeu diversas chances no empate em 1 a 1 no velho Palestra. Na volta, saiu do banco e participou do 3 a 3 que levou a disputa para os pênaltis. O Verdão caiu.
- Tudo que passa fica como experiência. Não tinha parado para pensar nessa situação, realmente vou voltar a disputar um mata-mata pelo Palmeiras. É legal lembrar disso para pegar os pontos positivos e negativos como exemplo e não fazer de novo as mesmas coisas erradas - disse o jogador, em entrevista ao LANCE!.
Rafael diz que seu desejo é encerrar a atual passagem pelo clube com uma imagem diferente da que ele deixou há mais de uma década. Em campo, já mudou muita coisa, a começar pelo posicionamento: ele não tem jogado como centroavante, função que exercia no início da carreira, mas sim recuado na linha de três armadores do 4-2-3-1 de Oswaldo.
- É um momento diferente para mim. Depois de 11 anos, estou mais experiente, mais maduro, em um grupo motivado. Que a lembrança daquele ano motive ainda mais. Ficou no quase ali, e esse ano quero que seja diferente - acrescentou.
No Botafogo, onde encantou o técnico Oswaldo de Oliveira, o camisa 19 mostrou que não sente em jogos decisivos. Foi dele o gol do título carioca de 2013, em uma vitória por 1 a 0 sobre o rival Fluminense. Marcar em clássicos, aliás, era rotina para ele no Rio de Janeiro. Dá para virar talismã no Palestra Itália também?
- Acho que esse negócio de talismã, homem-clássico, fica para vocês da imprensa e para o torcedor. Eu só procuro entrar a cada partida mais concentrado e mais motivado. Quero deixar meu nome marcado aqui.
Confira um bate-bola exclusivo com Rafael Marques:
Você acha que o time já está joga da forma como o Oswaldo deseja?
Ele já deixou bem claro o que quer, porém não podemos achar que já está perfeito. Houve uma evolução tática grande, até porque os jogadores não tinha noção de como ele gostava de jogar, e hoje você já vê o apoio dos laterais, o posicionamento da zaga quando estamos atacando...
Ele disse que pretende te testar como centroavante.
Vocês veem como é o esquema tático, os quatro da frente se movimentam o tempo todo, mas sem a bola ele quer os três na linha e um na frente. A minha preferência é jogar atrás, mas se for preciso atuar ali na frente eu vou. Deixo bem claro que meu objetivo é ajudar, seja marcando gols, correndo, dando assistência... Já joguei na frente e posso ajudar, como em 2012 logo que cheguei no Botafogo.
Na semi, pode vir o Corinthians. Vê os times em níveis parecidos?
Eles jogam juntos faz tempo, estão entrosados. Sai e entra jogador e o padrão tático continua. A nossa equipe vem crescendo. No jogo contra eles, na terceira rodada, mesmo com pouco entrosamento, criamos chances até para ganhar (o rival venceu o jogo por 1 a 0).
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