Alexandre Mattos falou sobre a preocupação do Verdão (Foto: Reprodução)
A repercussão causada pelo acordo da Federação Paulista com a Crefisa, que patrocina o Palmeiras desde janeiro e estampará sua marca também nos uniformes da arbitragem nos mata-matas do Paulistão, incomodou o Palmeiras a ponto de a diretoria temer que o time seja prejudicado na fase decisiva do torneio - às 11h deste domingo, o time faz o jogo único das quartas de final contra o Botafogo-SP, no Allianz Parque.
- Houve uma repercussão fora do comum nesse caso, uma preocupação alheia grande. O Palmeiras tem uma preocupação muito grande com os malefícios de uma possível pressão nos árbitros.
O que a gente quer é uma arbitragem isenta, que não seja notada, para que prevaleça o trabalho do time melhor preparado - disse ao LANCE! o diretor de futebol Alexandre Mattos.
A FAM, outra patrocinadora do Palmeiras, também exibe sua marca nos uniformes dos juízes. O acordo foi feito para que os clubes não precisem mais arcar com os custos da arbitragem nestes jogos decisivos. Tanto FAM quanto Crefisa pertencem ao empresário José Roberto Lamacchia, palmeirense.
- Eu gostaria de elogiar a Federação Paulista, que tomou uma atitude muito benéfica, talvez inédita no Brasil. Conheço muitas federações e poucas se preocupam em dar alguma coisa aos clubes, geralmente elas só cobram (risos).
Conseguir um patrocínio para que os clubes não precisem pagar os árbitros é bastante interessante - acrescentou Mattos.
De acordo com o Regulamento de Organização de Arbitragem da Fifa, o patrocínio de Crefisa e FAM aos árbitros é ilegal porque ambas são parceiras de um dos postulantes ao título.
A Federação Paulista diz que não enxerga conflito de interesses, e o Palmeiras salienta que não teve nenhum envolvimento nas conversas.
- Foi uma surpresa para o Palmeiras, nós não sabíamos. Respeitamos nossos patrocinadores, não interferimos nas situações que dizem respeito a eles - afirmou Mattos.
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