Palmeiras passou pelo Botafogo-SP nas quartas de final (Foto: Fernando Roberto/ LANCE!Press)
O Palmeiras chegou a ficar dez clássicos sem conseguir uma vitória, até passar pelo São Paulo.
Apesar da derrota para o Red Bull no jogo seguinte, o Verdão realizou bons jogos desde aquele Choque-Rei, que fizeram a confiança voltar à Academia de Futebol nas vésperas do Dérbi pela semifinal do Campeonato Paulista.
Dudu foi enfático ao avisar que “ninguém tem medo de Itaquera” no Verdão, e entre os jogadores há a convicção de que não importa a longa invencibilidade do rival em sua casa (30 jogos), nem o badalado momento dos comandados por Tite. Para eles, é a chance de encerrar um jejum de quase quatro anos no clube diante do maior rival.
– Podemos ganhar, acredito muito. Ainda não atingimos o potencial ideal, temos muito a crescer, mas estamos chegando em um momento bom, fortes, consistentes. Chegamos em condições de igualdade com qualquer um dos que estão na semi – explicou Fernando Prass.
Com um elenco bastante mudado, e reforçado às vésperas do mata-mata com jogadores como Valdivia, que perdeu o início do ano, machucado, Cleiton Xavier e Kelvin, o cenário é diferente daquele visto em 2014.
No Estadual do ano passado, o time fez também uma boa campanha, mas tinha um grupo mais escasso. Na semi, enfrentou o Ituano, e os principais jogadores (Fernando Prass, Valdivia e Alan Kardec) tiveram de jogar no sacrifício. Agora, isto não é mais algo necessário.
– Contra o Ituano, no ano passado, de repente, não era nem para eu ter jogado. Estava sem condições, mas quis ir para o jogo, me mediquei, mas não teve jeito. Hoje, temos mais qualidade e opções, com jogadores que podem entrar e mudar o ritmo, a característica da equipe – falou Prass.
O que se viu após aquela traumática eliminação no Pacaembu foram seguidos fracassos, até chegar à péssima campanha no Campeonato Brasileiro. O time, que lutou até o fim para não cair e era bem inferior aos outros do Estado, deu lugar a um Verdão mais ambicioso, e que considera ter começado a resgatar a honra do clube depois do centenário.
– Até pouco tempo atrás o Palmeiras estava numa situação complicada. E hoje estamos brigando por um título. A gente já resgatou um pouco da honra, a torcida sempre nos apoia. As coisas estão mudando – disse Leandro Pereira, ao SporTV.
Domingo, em Itaquera, é a chance de o grupo provar isso.
MOTIVOS PARA A BOA FASE
Fim do jejum
Contra o Santos e Corinthians, na primeira fase, ficou marcado o fato de o time não vencer seus últimos dez clássicos. Após um ano de jejum, o time encerrou a má fase diante do São Paulo, com uma bela atuação e a vitória por 3 a 0. O clima ante os rivais não é de inferioridade.
Evolução do time
O projeto de Oswaldo de Oliveira de armar um time veloz e que se movimenta bastante à frente vai se tornando realidade. O Verdão sabe rodar a bola e se mostra muito mais paciente que nos últimos anos. É um time com um repertório melhor.
Opções
Se em 2014 as peças de qualidade eram escassas, desta vez o Palmeiras tem melhores opções. No Paulista, Prass, Valdivia e Alan Kardec eram os alicerces técnicos. Agora, há mais jogadores para dividir responsabilidades, como Cleiton Xavier e Arouca. O Mago, também, começou a jogar na reta final da primeira fase, e foi decisivo nas quartas, ao começar a jogada do gol sobre o Botafogo-SP.
Alicerces
Alguns dos reforços que chegaram no começo do ano (foram 20 contratados desde o início janeiro), já estão mais adaptados, como Lucas, Gabriel, Dudu e Robinho. O atacante Rafael Marques também tem sido uma boa surpresa neste Paulista.
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