Centroavante quer assinar com o Palmeiras até 2019, mas não reduzirá mais a pedida salarial
A renovação de Alan Kardec com o Palmeiras, antes dada como certa, sofreu uma reviravolta. O pai do atacante, que o representa na negociação, se irritou com a última proposta salarial feita pela diretoria e só se acalmou ao receber uma sondagem animadora de outro clube brasileiro, que mantém em sigilo.
“Eu me aborreci muito durante o dia de hoje, muito, muito mesmo, estou muito triste com as coisas que aconteceram, muito chateado e aborrecido. Mas vou dormir feliz. Não posso dizer a razão, mas garanto que vou dormir mais feliz e tranquilo”, disse à Gazeta Esportiva o pai do jogador, que tem o mesmo nome do camisa 14 do Verdão.
A animação vem de um clube que, em conversa informal, ofereceu R$ 80 mil a mais em relação à maior pedida salarial feita pelo representante de Alan Kardec ao Palmeiras na soma do valor fixo e por produtividade. “Dizem que, depois da tempestade, vem a bonança. Essa foi a minha bonança, só não posso dizer qual a cor dela”, esquivou-se o pai do atacante.
O representante reforça que ainda dá prioridade ao Verdão e não usará a oferta informal para solicitar um salário maior do que o já foi pedido.
Mas também não reduzirá nada em relação à última proposta. “Cedemos mesmo, abrimos as pernas e nem assim conseguimos concretizar o negócio. Fiquei muito triste, decepcionado. Você cede, cede, mas chega a um ponto em que não tem mais onde ceder.”
Por enquanto, o pai de Kardec ainda não quer abrir conversas formais com outros clubes, mas não aceitará que o desacordo com o Palmeiras faça o filho voltar a Lisboa. “O Alan recebeu no Palmeiras o carinho que não teve no último ano no Benfica.
É tudo maravilhoso no Palmeiras e a ideia é que ele vire ídolo, estenda por muito tempo essa união. Só não vou deixar que ele volte para Portugal, vou fazer de tudo para evitar isso. Vou fazer de tudo para ele ficar no Brasil”, avisou.
“Vou explicar o que está acontecendo com uma situação hipotética. Imagine que você tem um carro que vale R$ 60 mil e precisa vendê-lo, mas você tem um carinho muito grande por ele e oferece para alguém cuidadoso por R$ 40 mil, mesmo sabendo que vale R$ 60 mil. Aí o cara diz que não paga mais do que R$ 20 mil. É de deixar triste, não é?”, indagou.
“Sabemos da dificuldade e do trabalho sério do Paulo Nobre para sanear as finanças e aderimos à proposta de produtividade, que é perigosa porque, a qualquer momento, o jogador pode se contundir e ficar afastado.
Mas topamos não só isso. Topamos o salário, somando valor fixo e produtividade, abaixo da metade do que ganham centroavantes de times grandes. São número bem viáveis, factíveis e dentro da realidade do Palmeiras”, continuou.
Uma das preocupações do pai de Alan Kardec é garantir um salário fixo maior do que na produtividade. Em relação ao Benfica, o presidente Paulo Nobre já encaminhou proposta de 4 milhões de euros (cerca de R$ 12,5 milhões) para ter o artilheiro em definitivo, e não só até o fim do empréstimo atual, que acaba em 30 de junho.
A esperança do representante do jogador é ser procurado nos próximos dias com uma oferta salarial que considere aceitável.
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