Leandro está feliz no Palmeiras, mas sabe que precisa reconquistar a torcida (Foto: Cesar Greco/ Ag. Palmeiras)
Leandro surgiu bem no ataque do Palmeiras na última temporada, quando fez 19 gols em 42 jogos e foi o artilheiro do time no ano. Mas desde o início do centenário seu rendimento técnico caiu e a bola parou de entrar: foram dois gols em 12 partidas. A queda rendeu críticas por parte da torcida alviverde, principalmente após a derrota do Verdão na semifinal do Paulistão, diante do Ituano, em que a equipe perdeu por 1 a 0 e foi eliminada.
Sem balançar a rede desde o dia 12 de março, quando o Palmeiras bateu o Vilhena por 1 a 0, pelo jogo de ida da primeira fase da Copa do Brasil, em Rondônia, Leandro não foge das cobranças e aceita as críticas. Após aquela atuação (saindo do banco de reservas), ele foi titular nos cinco jogos seguintes, mas não fez gols.
- Isso é normal (queda de rendimento). É fase de jogador. Se eu tive a capacidade de ser artilheiro no ano passado, também tenho capacidade de fazer muitos gols neste ano. Não tiro a razão da torcida de cobrar. Eles têm toda a razão. Sei que não estou fazendo os gols, mas estou ajudando de outras formas. Não vou marcar sempre, mas quero ajudar. Na hora certa as coisas vão começar a melhorar - afirmou.
Apesar da falta de gols, Leandro mantém o bom humor no ambiente com os colegas palmeirenses. Durante a conversa do jogador com o GloboEsporte.com, Alan Kardec, seu parceiro de ataque, mexeu com o atacante e revelou seu apelido "cotonete”, por conta do corte de cabelo. Lúcio, parceiro de concentração e que também preza muito a religião, foi outro que brincou com o atleta e até chegou a ser "entrevistado" pelo amigo.
Além do ambiente alviverde, a convocação para a seleção pré-olímpica do técnico Alexandre Gallo e a proximidade do nascimento do filho Levy ajudam a manter Leandro alegre. A família, aliás, é o ponto fundamental para a queda no número de cartões recebidos pelo jogador. Se em 2013 os gols eram fartos, as punições seguiam a mesma proporção: foram 12 amarelos e três vermelhos. Agora, ele acumula quatro cartões em 12 jogos e espera diminuir mais o número com ajuda dos parentes.
- Conversei muito com a minha família. A minha mãe (Edilene) e a minha esposa (Bruna) me cobram muito para não tomar cartão, porque me prejudica e também atrapalha a equipe. Acho que acabou a fase de tomar cartão besta por reclamação. Essa conversa com elas foi essencial - disse.
Comprado definitivamente pelo Verdão e com contrato renovado até dezembro de 2017, o jogador de 20 anos não vê uma pressão mais forte agora do que da última temporada por ter atuado emprestado pelo Grêmio. Por outro lado, ele acredita estar mais conhecido e marcado pelos adversários com faltas, o que dificulta seu futebol.
- Como no ano passado fui artilheiro e tive uma temporada excelente, isso me tornou mais visado. Tenho de saber lidar com isso e me livrar das faltas para seguir, porque se não nunca completo uma jogada inteira - finalizou.
Pastor Feliciano
No dia 2 de março, o atacante Leandro gerou polêmica em uma rede social ao publicar uma imagem ao lado do Pastor Marco Feliciano, deputado federal eleito pelo PSC-SP e que presidiu a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados do Brasil. A foto dividiu os seguidores entre críticas e elogios.
- Cada um tem a sua opinião própria e pensa o que quiser. Todos têm o direito de falar. Não cheguei a ver (as críticas), mas independentemente de tudo tem de se respeitar as maneiras diferentes de pensar. Também respeito as opiniões dele (Feliciano) e de quem comentou na minha foto, falando bem ou mal - disse Leandro.
Marco Feliciano ganhou destaque na mídia enquanto foi presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados do Brasil. O pastor foi criticado por grupos de defesa aos homossexuais por suas declarações públicas contra os gays. Ele também já declarou que os africanos foram "alvo de maldição de Noé".
4416 visitas - Fonte: GE