Diferentemente do que seus comandados disseram em entrevistas coletivas ao longo da semana, Oswaldo de Oliveira não mediu palavras para dizer que o adversário do jogo único da semifinal do Campeonato Paulista, no domingo, é o melhor time do Brasil e, consequentemente, favorito em Itaquera. O técnico ainda repetiu o discurso de que, mesmo sendo eliminatório, o clássico não muda a vida de ninguém.
“É um jogo importantíssimo, isso é inegável, principalmente porque decide quem vai para a final do campeonato. Mas a vida vai continuar, ninguém vai morrer ganhando, perdendo ou empatando. Vejo com muita naturalidade. Na segunda, a vida segue. Independentemente de irmos para a final ou não, temos que dar continuidade”, comentou, sorrindo ao terminar a entrevista coletiva. “Espero voltar segunda-feira, né?”
O treinador já tinha usado palavras parecidas antes de enfrentar e vencer o São Paulo, no fim do mês passado. Até aquele Choque-Rei, tinha acumulado derrotas para Corinthians e Santos, sofrendo pressão por não ganhar de times da Série A do Campeonato Brasileiro. Agora, o desafio é contra quem Oswaldo considera a melhor equipe do País, com qualidade para não sofrer com o desgaste de ter atuado nessa quinta-feira, contra o San Lorenzo, pela Libertadores, enquanto o Palmeiras passou a semana treinando.
“O melhor time do Brasil em aproveitamento é o Corinthians. Se isso é parâmetro para favoritismo, inegavelmente é o favorito, jogando em casa, pelo que vem demonstrando. Eles vêm atuando com um nível muito bom fisicamente também. Como estamos em início de temporada, a diferença no cansaço não será muito grande. Só se for um caso ou outro, mas, neste momento, isso não é muito importante”, indicou.
As ausências de Guerrero, com dengue, e Emerson Sheik, suspenso, não trazem nenhum alívio, já que o técnico admira Vagner Love, Mendoza e outros reservas de Tite. “Não tenho ideia se vão jogar com força máxima, mas o Corinthians, sem sombra de dúvida, é a melhor equipe brasileira. Eles têm alternativas e sempre jogam de forma muito competitiva, com as linhas muito próximas e atacando e defendendo com muita eficiência. São fatores que aumentam muito a dificuldade e a nossa responsabilidade”, indicou, tentando mostrar esperança.
“O Corinthians é um time muito difícil de ser batido, vem atuando muito bem, com a transição como ponto mais forte. Mas o Palmeiras está crescendo nesse aspecto e se entrosando para fazer desse o seu ponto mais forte também. Podemos, sim, jogar uma partida muito boa. Não temos que fazer nada diferente nem inventar nada, só fazer muito bem o trivial, sem nada especial”, avisou.
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