Dirigentes do Palmeiras e representantes de Alan Kardec se reuniram na noite de terça-feira, em São Paulo, com a esperança de concluir a renovação do contrato do centroavante.
O tiro, porém, saiu pela culatra. Não houve acordo e o pai do jogador, que também se chama Alan Kardec, já admite ouvir ofertas de outros clubes.
“Fizemos tudo o que podíamos. Infelizmente, o Palmeiras não está concordando com o que achamos justo. Os dirigentes estão querendo ser os melhores negociadores do mundo”, queixou-se seu Alan, ao DIÁRIO, na tarde de ontem.
“Não estamos pedindo nem a metade do que a maioria dos principais centroavantes do Brasil ganha, entre salário fixo e variável. Chegamos ao limite. Já começamos a analisar outras possibilidades.” O Corinthians é um dos times interessados no atleta, como o DIÁRIO informou na edição de 19 de março.
As conversas para definir a permanência do artilheiro se arrastam há quase dois meses. Na semana passada, o Verdão aumentou a proposta salarial, aproximando-se dos valores pedidos pelo atacante para assinar um novo contrato, até 2019.
Foi oferecido um plano de carreira, com vencimentos progressivos. Em miúdos: a cada começo de temporada, Alan Kardec receberia um reajuste.
O próprio pai do atacante já deu declarações otimistas, nas quais classificava o acerto como iminente. O que mudou?
“Eu achava que a negociação estava concluída, porque nós reduzimos muito a nossa oferta. Fizemos várias concessões. Mas quanto mais a gente cede, mais o Palmeiras quer de nós.
A gente oferece a mão, querem o braço. A gente oferece o braço, querem o ombro. Assim não vai dar certo”, lamentou-se.
Procurado para responder às críticas feitas pelo pai de Kardec, o diretor executivo do Verdão, José Carlos Brunoro, disse não comentar negociações.
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