Nos pés de Valdivia está parte da esperança da torcida do Palmeiras no jogo de hoje
No começo deste ano, escrevi cinco motivos pelos quais o Palmeiras tinha que ser campeão paulista de 2015. Passados pouco mais de três meses, o time vai a campo daqui a pouco para cumprir pelo menos uma parte do pedido: chegar à decisão. Quis o destino que o último obstáculo deste caminho fosse justamente nosso maior rival. Eles supostamente são os favoritos, pois jogam em casa, onde só estivemos uma vez e perdemos, onde eles não são derrotados há bastante tempo, e eles têm também time mais entrosado, que até agora passeou na Libertadores.
Isto posto, não tiro uma vírgula do que escrevi no texto anterior. O Palmeiras tem que ganhar, nem que seja por meio a zero, com gol aos 49 do segundo tempo, ou nos pênaltis após 37 cobranças de cada lado, com apenas sete jogadores em campo, sendo dois estropiados. Nós somos grandes, enormes, gigantes – e vencer um jogo como o de hoje é fundamental para recomeçar a escrever nossa história de forma gloriosa, depois de anos turbulentos como foram os últimos 15.
É a vitória hoje que vai mostrar que poderemos sonhar com um Brasileirão decente. Que o tempo de vacas magras está indo embora, junto com o maldito bom e barato-que-sai-caro-pacas. Que a TV pode, sim, mostrar nossos jogos sem medo de perder audiência. Que vale a pena pagar plano de sócio-torcedor. Que ainda somos, cazzo, gigantes, como fomos durante todo o século 20.
É claro que não se trata de rejeitar ou jogar fora três meses de trabalho por causa de um só resultado – sim, é só a Vera Fischer. Mas esse pensamento lógico, me desculpem, vai ficar para as 18h15 de domingo, dependendo do que e como acontecer. Até lá, tudo deve ser emoção, adrenalina, sangue nos olhos, faca nos dentes. Como foi naquele 6 de junho de 2000, como foi em um monte de outras vitórias épicas sobre nossos rivais.
Domingo, 19 de abril de 2015, 16h, Arena Corinthians, vulgo Itaquerão. Data e local em que o Palmeiras tem que ser grande de novo. Não poderia haver lugar melhor, nem adversário mais emblemático. Seja grande, Palmeiras.
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