Em movimento organizado pelas uniformizadas do Corinthians, a maior parte dos torcedores alvinegros ficou sentada nos primeiros momentos do clássico contra o Palmeiras, em Itaquera. Foi uma reação à chacina na sede da Pavilhão 9, na madrugada de domingo, com oito mortos.
Todos os setores do estádio se levantaram após os primeiros instantes, mas os organizados, reunidos no setor norte, mantiveram o protesto até os seis minutos. Foi aí que os membros da Gaviões da Fiel se levantaram e gritaram o nome da Pavilhão 9. Na sequência, a própria Pavilhão se manifestou.
Nesse momento, começaram a ser abertos os bandeirões, e a torcida local finalmente sobrepujou a visitante em decibéis. Até ali, só os palmeirenses cantavam – e tripudiavam, com um mosaico “93”, em referência ao triunfo na final do Campeonato Paulista daquele ano.
Antes da partida, o clima não era festivo em Itaquera, justamente pelo ataque à sede da uniformizada na madrugada. Não havia o ambiente habitual nas entradas da arena, e o silêncio foi levado até o início do clássico, que valia vaga na decisão da competição estadual.
Apesar da preocupação decorrente da chacina na madrugada, a chegada dos torcedores ao estádio da zona leste paulistana foi feita sem o registro inicial de maiores incidentes. Os torcedores do Palmeiras foram de trem, descendo na estação Dom Bosco e sendo escoltados por policiais.
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