Prass revelou que estudou os cobradores rivais, mas confiou no seu instinto para defender dois pênaltis
Após um Derby nervoso, Corinthians e Palmeiras ficaram no empate por 2 a 2 ao fim do tempo normal e levaram a decisão para os pênaltis. Robinho errou a primeira cobrança alviverde e Elias, último batedor corintiano, teve a chance de selar a classificação alvinegra, mas esbarrou no gigante Fernando Prass, que fez a defesa e, já nas alternadas, pegou chute de Petros para garantir a vaga palestrina na decisão. Exaltado pela torcida e pelos companheiros, o goleiro valorizou sua atuação, mas rechaçou comparação com o ex-arqueiro “São” Marcos, eterno ídolo do Verdão.
“Eu não tenho moral para carregar uma comparação como essa. O Marcos é um dos maiores jogadores da história do Palmeiras, o maior goleiro da história do clube e um dos maiores do mundo. Eu sempre falei, desde que cheguei ao clube (em 2013), que o Marcos construiu a história dele e eu estou tentando construir a minha. Posso não ser o melhor goleiro do mundo, mas sou um cara que trabalha bastante, é companheiro e não foge da briga, o que o Palmeiras precisar para ganhar eu vou fazer”, declarou Prass, em entrevista à TV Bandeirantes.
Entre os feitos memoráveis de São Marcos pelo Verdão está justamente sua atuação em uma disputa de pênaltis contra o Corinthians. Na Copa Libertadores de 2000, os arquirrivais se encontraram na semifinal e após vitória alvinegra por 4 a 3 na ida e triunfo palestrino por 3 a 2 na volta, o Derby foi decidido nas cobranças da marca da cal, e Marcos defendeu o último penal, batido por Marcelinho Carioca, para garantir o Alviverde na decisão. Na final, no entanto, a equipe foi superada pelo Boca Juniors, que ficou com o título.
O herói da classificação alviverde à final do Campeonato Paulista de 2015, na qual o time enfrenta o Santos, ainda revelou que estudou o modo de bater dos principais cobradores de pênalti do Corinthians, mas que confiou mais em seus instintos do que no conhecimento prévio nas duas cobranças que defendeu.
“A gente estudou, eu sabia como alguns deles batiam, mas eles acabaram batendo bem. Sobre o Elias e o Petros eu não tinha informação, foi mais por feeling. O Petros até o momento do chute eu achei que ia bater cruzado, mas quando ele chegou à bola eu senti, por alguma razão, que ele ia trocar, então fui feliz e fiz a defesa”, relatou o goleiro.
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