Manequim foi posicionado em alusão à defesa de Prass
Herói da classificação para a final do Campeonato Paulista após pegar dois pênaltis em Itaquera, no domingo, Fernando Prass apareceu sorridente para dar entrevista nesta terça-feira, na Academia de Futebol. O dia de folga serviu para o goleiro ver e aprovar a iniciativa da loja oficial do Palmeiras do Tatuapé de reproduzir a sua decisiva defesa na cobrança de Petros, lembrando que provocou o corintiano antes de definir a semifinal.
Petros demorou 14 segundos para bater. Nesse período, Prass se aproximou do meio-campista e avisou: “Acabou, Petros. Acabou”. Enquanto o rival continuava demorando a cobrar, o goleiro apontou para o lado esquerdo e ficou pulando em cima da linha, até saltar exatamente para o canto no qual esticou o braço, classificando o Verdão.
“O goleiro tem que tentar fazer qualquer coisa para desconcentrar o batedor. Se o cara botar a bola tranquilinho, mentalizando onde bater, com concentração total, terá uma chance muito grande de acertar. Por isso tem goleiro que grita, bate palma, mexe os braços, pula, tudo para trazer mais nervosismo. Mas o goleiro também fica tenso, louco para explodir no lado certo, e o Petros também fez o seu jogo psicológico, demorando para vir para a bola”, lembrou Prass.
“Todos os jogadores profissionais chutam bem. Eu mesmo, se bater dez pênaltis no treino, faço nove. Mas no jogo, ainda mais em decisão, mais da metade do que define pênalti é emocional. É uma carga emocional sair do meio-campo, pegar a bola e caminhar para bater, ainda mais em fase alternada, na qual você está fora se errar”, prosseguiu.
Assim, realizou a defesa reproduzida por um manequim na Academia Store do Tatuapé. “É difícil um goleiro viver uma situação dessas, só em jogos importantíssimos com decisão de pênaltis. Gostei, o cara que teve a ideia foi bastante criativo. Ficou legal”, aprovou Prass.
O goleiro também atribuiu à sorte o seu sucesso no Derby de domingo. “Pênalti tem muito do momento, do batedor. Claro que tem algumas valências físicas, como ter uma explosão muito boa para pegar, mas você conta com fator sorte também. Dos pênaltis que goleiros defendem, 90% é porque adivinham o canto ou ficam esperando, mas dificilmente saem depois da batida da bola. Neste jogo, contei com um pouco de sorte também.”
A defesa do pênalti de Elias, porém, tem história. Como já havia acontecido nas semifinais da Libertadores de 2000 envolvendo Marcelinho Carioca e Marcos: Elias foi outro a usar a camisa 7 corintiana, bater no canto direito o quinto pênalti rival e parar nas mãos de um goleiro do Palmeiras. Mas nada disso passou pela cabeça de Prass.
“É o folclore do futebol, muito mais para o torcedor. Tem tanta coisa para o lado ruim do futebol, e essa é uma rivalidade saudável. Mas de maneira nenhuma eu lembraria disso naquele momento”, sorriu o camisa 1 do Verdão.
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