União do elenco é um dos trunfos do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
De quase rebaixado no Campeonato Brasileiro do ano passado a finalista do Campeonato Paulista deste ano: o Palmeiras viveu uma profunda reformulação no seu departamento de futebol. Novo comando, nova comissão técnica e elenco renovado pela chegada de 20 jogadores. Hoje, o ambiente interno no Verdão é de paz. Não só pelos bons resultados em campo, mas também pelos bastidores sem agitações.
O técnico Oswaldo de Oliveira é um dos maiores responsáveis pela união do grupo, bem representada nas comemorações após a vitória nos pênaltis sobre o arquirrival Corinthians, no último domingo, na arena de Itaquera. Fernando Prass, herói ao defender duas cobranças, carregou Robinho, único que desperdiçou sua tentativa pelo Verdão, nos ombros. O ambiente conturbado vivido por Dorival Júnior na reta final de 2014 ficou no passado.
O projeto encabeçado pelo diretor de futebol Alexandre Mattos tornou o elenco balanceado. Chegaram jogadores dos mais diversos tipos: de Gabriel Jesus, garoto de 18 anos revelado nas categorias de base e promovido à equipe profissional, a Zé Roberto, de 40, jogador com carreira vitoriosa na Europa e símbolo de experiência, marcado pela famosa preleção antes da vitória sobre o Audax, na primeira rodada do Paulistão.
– Ano passado eram muitos problemas, isso acabava afetando o dia a dia. É só ver o ambiente de um clube onde as coisas correm bem e onde não correm tão bem. É muito mais fácil lembrar e criar vínculos e levar amizades para o resto da vida em um time que você foi bem, vencedor, ganhador, do que num time que você passou dificuldades. Eu tenho mais contato com grupos em que fui vencedor – analisou o goleiro Fernando Prass.
Trabalho de Oswaldo de Oliveira é elogiado pelo elenco do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
A tranquilidade passada por Oswaldo tornou o ambiente mais leve. Mesmo nos tropeços ao longo da primeira fase, como nas derrotas para Corinthians e Santos, os jogadores se sentiram à vontade pela forma do técnico lidar com situações adversas. O comandante “blindou” o elenco, montou um esquema tático e evitou grandes mudanças: aos poucos, todos ganharam chances e se mostraram satisfeitos com o estilo do trabalho.
Para a final, a ideia está mantida: tratar os dois duelos com o Santos de maneira natural, mas fazendo o elenco entender a oportunidade que tem em mãos, de conquistar um título e entrar para a história do clube com apenas quatro meses de trabalho. O primeiro jogo está marcado para o próximo domingo, dia 26, na arena do Verdão. O segundo será uma semana depois, dia 3, na Vila Belmiro.
12462 visitas - Fonte: Globo Esporte