Kardec é peça-chave para Kleina
Na prática, o que está atrasando a renovação de Alan Kardec com o Palmeiras não é o conceito de produtividade oferecido pelo clube. O jogador tem um plano de carreira traçado e quer ficar. Se sair em junho, será a contragosto. Por isso, embora não considerem o melhor dos cenários, os representantes do jogador já toparam o modelo que prevê ganhos extras de acordo com partidas jogadas.
Mas é justamente por isso que o pai-empresário do artilheiro mostra-se inconformado com a relutância do Palmeiras em aceitar o valor pedido (que estaria um pouco abaixo dos R$ 350 mil mensais de Wesley, já contando os ganhos por produtividade).
Depois de dar o braço a torcer aceitando que um jogador de 25 anos e no auge da carreira tenha de correr o risco de ganhar menos que o esperado caso sofra uma lesão e fique algum tempo sem jogar, ele imaginava que o Verdão diria “sim” de prontidão. Mas a diretoria faz pechincha e vai levar o assunto até a última instância. Foi assim com Leandro, outro que bateu o pé, mas acabou ficando.
Em resumo: o salutar conceito da produtividade, que mostra-se uma maneira de aproximar da realidade os valores praticados no universo do futebol, ainda encontra resistência entre boleiros e empresários. Wesley, outro que acredita estar no auge da forma, já avisou que não vai aceitá-lo – até porque, considerando que a gestão Paulo Nobre estipulou um novo teto salarial para o Palmeiras, teria de reduzir a quantia fixa que recebe por mês. E certamente há ou haverá clubes tentando seduzi-lo com um valor ainda maior.
Como todo mundo que se propõe a ser pioneiro em algo, o Palmeiras vai sofrer com a concorrência enquanto seus rivais não abraçarem a causa. O contraponto está nos salários sempre pagos em dia, algo raro no futebol brasileiro. Resta ver o que Kardec e os demais preferem.
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