REPRODUÇÃO/FOLHA DE S. PAULO
Matéria da Folha de S. Paulo sobre a vitória palmeirense em cima do Santos na final de 1959
Enquanto Palmeiras e Santos duelam nos bastidores para ver quem cobra o ingresso mais caro na final do Campeonato Paulista no Allianz Parque e na Vila Belmiro, torcedores mais antigos suspiram saudosistas quando lembram os preços de antigamente. Afinal, um ingresso de arquibancada para a última decisão de Estadual entre alviverdes e alvinegros não custou nem R$ 3 nos valores atuais.
A última vez que os rivais duelaram em uma final de Paulista foi em 1960, quando houve uma melhor de três para definir o campeão de 1959. Após dois empates, a finalíssima foi disputada no Pacaembu em 10 de janeiro, para um público total de 37.023 pessoas. Os ingressos custaram 50 cruzeiros (arquibancada), 200 cruzeiros (numerada descoberta) e 300 cruzeiros (numerada coberta), além da meia-entrada, vendida apenas para a arquibancada, a 25 cruzeiros.
Nos valores atuais, já corrigidos pelo IPC/FIPE, ficariam R$ 2,82 (arquibancada), R$ 11,29 (numerada descoberta) e R$ 16,94 (numerada coberta), além da meia-entrada, que sairia por R$ 1,41.
GAZETA PRESS
Rivais se enfrentaram na final de 1959
Para se comparar com os preços praticados para a decisão do próximo domingo, no Allianz Parque, o ingresso mais barato, da Cadeira Gol Norte, custou R$ 120 - todas as entradas já foram vendidas. Já os visitantes terão que desembolsar R$ 210 se quiserem estar na arena.
Os valores são semelhantes aos cobrados pelos grandes clubes europeus em jogos da Uefa Champions League. Com isso, o Palmeiras pode ter uma renda próxima a R$ 7 milhões na partida, um dos maiores valores da história do país.
Voltando ao passado, a renda bruta gerada pela final de 1959, que teve craques como Pelé e Julinho Botelho em campo, foi de 3.076.375,00 cruzeiros, ou R$ 173.731. Após descontos das despesas, cada time ficou com 1.139.980,00 cruzeiros, ou R$ 64.378.
Na última final entre Palmeiras e Santos, o time da Baixada abriu o placar com Pelé, mas o clube palestrino buscou a virada com tentos de Julinho e Romeiro, em um famoso gol de falta, e sagrou-se campeão com uma vitóra por 2 a 1 (os jogos anteriores haviam terminado empatados em 1 a 1 e 2 a 2). O Estadual originalmente teria o campeão definido nos pontos corridos, mas como os dois times terminaram com 63 pontos, a Federação Paulista optou por realizar a "super decisão".
Já neste ano, difícil dizer quem será campeão.
A única coisa que se sabe é que sairá bem mais caro pra ver de perto...
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 x 1 SANTOS
Supercampeonato Paulista - 3° jogo
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo-SP
Data: 10 de janeiro de 1960, segunda-feira
Árbitro: Anacleto Pietrobon
GOLS
PALMEIRAS: Julinho Botelho, aos 43 minutos do primeiro tempo, e Romeiro, aos 3 minutos do segundo tempo
SANTOS: Pelé, aos 14 minutos do primeiro tempo
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Américo, Romeiro e Nardo Técnico: Osvaldo Brandão
SANTOS: Laércio; Urubatão, Getúlio e Dalmo; Formiga e Zito; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe Técnico: Lula
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