Rafael Marques comemora um dos gols contra o São Paulo, no Allianz (Foto: Ari Ferreira)
Se depender do histórico de Rafael Marques, o Palmeiras tem grandes chances de superar o Santos na final do Campeonato Paulista. O atacante acostumou-se a fazer gols em clássicos pelo Botafogo e tem confirmado a fama com a camisa alviverde. No Rio, balançou as redes dos três rivais. Em São Paulo, só falta um... o Santos!
– Deixo isso para o pessoal da imprensa e o torcedor, mas lógico que fico feliz por estar marcando nesses jogos, que têm mais atenção da torcida e todo mundo quer ganhar. Fico com o pé no chão, trabalhando quietinho, mas é lógico que se for possível fazer gol contra o Santos vou ficar contente – disse o camisa 19, que estava machucado na derrota para o Peixe na primeira fase.
Rafael disputou três clássicos pelo Palmeiras. O primeiro foi a derrota por 1 a 0 para o Corinthians, no Allianz Parque, quando entrou na etapa final. No segundo, uma atuação de gala: dois gols no triunfo por 3 a 0 sobre o São Paulo, também na arena. O mais recente foi domingo, com mais um gol no empate em 2 a 2 com o Corinthians. Como bônus, uma cobrança convertida na disputa de pênaltis que colocou o time na decisão.
– Você tem que estar sempre ligado. Não que eu não entre nas outras partidas com motivação, mas clássico tem uma atmosfera diferente. Também tenho contado com a sorte, a gente sempre procura estar ligado para quando surgir a oportunidade, porque não é sempre. Nesse jogo (contra o Corinthians) foi bem nítido isso, principalmente no primeiro tempo, quando não tive uma boa atuação. No segundo, tive uma chance e aproveitei – declarou o goleador.
Entre 2012 e 2013, também sob o comando de Oswaldo de Oliveira, Rafael marcou seis gols em 14 clássicos pelo Botafogo. Foram três contra o Vasco, um contra o Fluminense (que garantiu o título carioca de 2013) e dois contra o Flamengo (um deles quebrou o jejum de 13 anos sem vitórias dos alvinegros sobre o rival em Brasileiros).
Nos jogos em que ele marca, o time não perde. Foi assim no Botafogo e tem sido assim no Verdão.
– Se eu estiver concentrado e tiver uma oportunidade, a chance de fazer o gol é 100% – afirmou.
RAFAEL MARQUES EM CLÁSSICOS PELO VERDÃO
Corinthians
Entrou no segundo tempo da partida na primeira fase do Paulista, e pouco fez naquela derrota por 1 a 0. Na semi, foi titular, marcou o gol que levou a decisão aos pênaltis e ainda converteu sua cobrança.
São Paulo
Um de seus melhores jogos no ano, o camisa 19 marcou dois dos três gols na tranquila vitória por 3 a 0, no Palestra.
Santos
Não atuou na primeira fase contra o Peixe, pois estava com uma lesão no tornozelo. Terá nova chance de pegar o rival nas finais.
Rafael Marques marcou o gol do título carioca para o Botafogo, em 2013 (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)
RAFAEL MARQUES NOS CLÁSSICOS DO RIO DE JANEIRO
Vasco
Foi a primeira “vítima” do atacante. Enfrentou cinco vezes o clube cruz-maltino e marcou três gols – em dois duelos ele atuou só no fim, em 2012. Quando marcou, dois jogos e duas vitórias. Nos outros três duelos, mais dois triunfos, e apenas uma derrota nos quase dois anos do atacante atuando no Rio de Janeiro.
Flamengo
Contra o Rubro-Negro, Rafael Marques disputou outros cinco clássicos, com direito a dois gols seus. Nestas partidas, o Botafogo venceu uma, encerrando o jejum de 13 anos sem vitórias diante do rival no Brasileiro, além de um empate. Quando o atacante não marcou, o Bota conseguiu uma vitória, um empate e uma derrota.
Fluminense
Diante do Tricolor, o atacante realizou quatro partidas, e marcou uma vez, no triunfo por 1 a 0 do Botafogo, justamente no jogo que garantiu o título do Campeonato Carioca. Nos outros três confrontos, uma vitória para cada lado, além de um empate – estes três duelos ocorreram pelo Brasileirão.
A fama é antiga...no Japão, apelido já era ‘homem dos clássicos’
Antes mesmo de chegar ao Botafogo, Rafael Marques já era considerado o “homem dos clássicos”. Ele ganhou esse apelido durante sua passagem pelo Omiya Ardija, do Japão, entre 2009 e 2012. Lá, marcou sete gols em oito jogos com o rival Urawa Reds.
– No Japão, eu era considerado o homem dos clássicos. Se fosse um ou dois jogos, seria sorte, mas não podemos falar em sorte com uma lista de oito jogos – disse o jogador, ainda em 2013, em sua passagem pelo Fogão.
Foi na passagem pelo Japão que Rafael encantou Oswaldo de Oliveira, que comandou o Kashima Antlers entre 2007 e 2011. Quando chegou ao Botafogo, o técnico indicou o jogador mesmo sem ter trabalhado com ele.
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