Santos atuou no Pacaembu em dois jogos no ano e pode mandar 30% deles por lá no futuro (Foto: Ivan Storti/LANCE!Press)
O estádio do Pacaembu recebeu apenas cinco jogos no Campeonato Paulista de 2015 e não há partidas agendadas para o local nas próximas semanas, nem pelo Brasileirão e nem por competições de menos repercussão, como as séries inferiores do Estadual ou os torneios de futebol feminino. Nesta semana, o estádio da Prefeitura de São Paulo completou um mês sem receber jogos oficiais.
O último compromisso do Pacaembu foi no dia 21 de março, quando o Santos venceu o Osasco Audax por 1 a 0. O Peixe ainda mandou a vitória por 4 a 2 diante do Linense na capital, fruto de parceria com uma empresa que comprou os mandos de campo e os dividiu em jogos em São Paulo e no interior. Além destes dois jogos do Santos, o São Paulo recebeu outras duas partidas no Pacaembu e a Portuguesa mais uma.
Palco de cinco jogos na primeira fase do Campeonato Paulista, o Pacaembu poderia ter recebido a finalíssima do torneio, mas o Santos não aceitou a sugestão da FPF e preferiu mandar seu jogo de volta contra o Palmeiras na Vila Belmiro. No ano passado, curiosamente, o Peixe fez as duas finais do Estadual em São Paulo e acabou derrotado pelo Ituano nas cobranças de pênalti. Naquele ano, o estádio havia recebido 20 partidas e foi o mais usado em todo o torneio.
Neste ano a frequência de utilização do Pacaembu diminuiu consideravelmente porque o Corinthians inaugurou sua arena no bairro de Itaquera em maio de 2014 e o Palmeiras reabriu o Palestra Itália, agora como Allianz Parque, em novembro. As duas equipes utilizam apenas seus estádios e têm quebrado recordes de público e renda neste primeiro semestre de 2015. O Pacaembu, enquanto isso, segue de lado.
Uma das expectativas da administração do estádio era a classificação do Osasco Audax para a Série D do Campeonato Brasileiro, já que a equipe revezaria seus jogos entre Osasco e a capital. O clube, entretanto, não se classificou. Assim, a esperança agora é que o Santos reparta seus mandos entre a Vila Belmiro e o Pacaembu no Campeonato Brasileiro, já que os jogos na capital são usados para atrair mais público e renda. Nas dez primeiras rodadas ainda não há previsão de jogo do Peixe no Pacaembu.
Consciente de que a frequência de utilização tendia a cair e os custos de manutenção a aumentar, a Prefeitura de São Paulo abriu licitação para privatizar a administração do estádio em janeiro de 2015. O edital da licitação ainda não foi divulgado, mas seis empresas responderam ao chamamento público e foram aprovadas, sendo que uma tem um tipo de acordo com o Santos. O clube mandaria 30% de seus jogos por lá e fatiaria a renda de suas partidas com essa empresa, que seria a única responsável pelas reformas.
O Pacaembu também é favorito para ser a casa do São Paulo durante a reforma do Morumbi. Segundo o presidente Carlos Miguel Aidar um novo projeto já está engatilhado e fecharia o estádio do Tricolor por dois anos. O projeto pode ser apresentado para votação no Conselho Deliberativo em 60 dias.
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