Antes da primeira decisão no ano, Palmeiras e Santos resolveram usar as dores de seus principais jogadores como arma. As contusões de Valdivia e Robinho são tratadas com mistério nos dois clubes, como estratégia para confundir o adversário antes da partida que abre as finais do Campeonato Paulista, às 16 horas (de Brasília) de domingo, no Palestra Itália.
Não falar sobre Robinho tem sido uma escolha que o Santos pouco pôde esconder porque o camisa 7 foi substituído com lesão muscular no último domingo, diante do São Paulo. Já a tática do Palmeiras com Valdivia ficou evidente nesta sexta-feira, quando surgiu a notícia das dores no joelho esquerdo que deixam o chileno sem condições de atuar neste fim de semana.
O Palmeiras nem se pronuncia oficialmente sobre o camisa 10, deixando para dar qualquer parecer apenas no sábado, dia em que promete divulgar a lista de relacionados. Mas a medida ficou clara com Oswaldo de Oliveira, pela primeira vez no clube, optando por não dar nenhuma pista sobre a escalação – uma semana após ter, inclusive, detalhado suas opções diante do Corinthians, em jogo único da semifinal.
É comum o jogador mais caro do elenco, frequente desfalque por problemas físicos, passar a semana apenas em tratamento, sem aparecer no campo do centro de treinamento. Foi o que ocorreu às vésperas da decisão. Mas Valdivia se queixa de dores no joelho esquerdo desde domingo, quando encarou o Corinthians em Itaquera, e um exame apontou edema. O meia é dúvida até para a segunda final, no dia 3.
O tratamento santista com Robinho é similar. O departamento médico não se pronuncia, mas a lesão na coxa esquerda do atacante preocupa desde domingo, quando ele precisou ser substituído no segundo tempo da vitória sobre o São Paulo. O atacante não tem ido a campo treinar, dedicando-se só ao tratamento de seu problema físico, e ninguém se alonga sobre o assunto.
“Ninguém aqui está querendo esconder nada. Estamos com problemas médicos e temos que esperar. Não é que estou melindrado ou querendo fazer mistério. O Robinho e outros jogadores estão sob cuidados do departamento médico e não posso dar nenhuma posição porque foge do meu alcance. É questão médica”, esquivou-se o técnico do Peixe, Marcelo Fernandes, nesta sexta-feira.
Além de seus astros, os clubes também aproveitam outros problemas físicos para exercerem o mistério que tanto tentam negar. No Santos, Werley se recupera de dengue e Gustavo Henrique, seu provável substituto, tem edema na coxa esquerda, mas ninguém confirma Paulo Ricardo na zaga, assim como não há detalhes sobre a situação do volante Valencia, em tratamento de lesão na panturrilha esquerda. No Palmeiras, a dúvida está com Zé Roberto, que sentiu contusão na coxa direita duas vezes em menos de um mês, não enfrentou o Corinthians por conta do problema e voltou a treinar, em ritmo reduzido, nesta semana.
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