Palmeiras reencontra Santos em uma final estadual; relembre outras decisões

24/4/2015 20:18

Palmeiras reencontra Santos em uma final estadual; relembre outras decisões

Palmeiras reencontra Santos em uma final estadual; relembre outras decisões

O time palestrino campeão do Paulistão de 1927



O encontro deste domingo (26) entre Palmeiras e Santos, no Allianz Parque, colocará frente a frente duas equipes historicamente acostumadas a decidir grandes jogos entre si. Válido pela final do Campeonato Paulista 2015 – a primeira com a presença dos rivais desde 1959 –, o Clássico da Saudade, como é conhecido o jogo, será novamente protagonista de uma decisão de campeonato estadual.



Relembre abaixo alguns dos principais confrontos entre Palmeiras e Santos:



Campeonato Paulista de 1927



Com apenas uma derrota em todo o campeonato, o Palestra Italia (hoje Palmeiras) se sagrou campeão do Paulistão de 1927, edição que ficou marcada pela disputa acirrada entre Santos e Palestra. O favorito ao título, aliás, era a equipe praiana: o time contava com grandes nomes do futebol, como Araken Patusca e Feitiço.



Palmo a palmo na disputa pelo título, Palestra e Santos protagonizaram grandes goleadas: o placar mais elástico da equipe alviverde foi um 11 a 2 contra o Corinthians de São Bernardo do Campo, enquanto os alvinegros aplicaram um sonoro 12 a 1 no Ypiranga.



Em clássicos, o Palestra Italia superou o Corinthians por 3 a 1 e, em duas oportunidades, o Santos – 4 a 1 e 3 a 2, no primeiro e segundo turno do torneio, respectivamente, sendo que o segundo triunfo garantiu ao Alviverde o terceiro troféu Estadual de sua história.



O escrete palestrino entrou em campo 15 vezes na competição. Venceu 13 partidas, empatou um jogo e foi derrotado em apenas uma oportunidade, além de marcar 89 gols e ser vazado 20 vezes.



Campeonato Paulista de 1932



O Paulistão de 1932 foi 4º troféu estadual da história do Palmeiras – à época, Palestra Italia –, e o segundo obtido com 100% de aproveitamento. Além de abrir as portas para a conquista do tricampeonato (32/33/34), o título entrou para a história por ser o último conquistado em caráter amador (a partir de 1933, o Brasil iria aderir à profissionalização).



Realizado pela APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), atual FPF (Federação Paulista de Futebol), o Campeonato Paulista de 1932 contava com 12 equipes: elas deveriam se enfrentar em turno e returno, e o regulamento previa que a equipe campeã seria aquela que perdesse a menor quantidade de pontos durante o certame (cada derrota equivalia a dois pontos perdidos).



Um episódio que chamou a atenção foi o fato de o campeonato ter sido interrompido em sua 7º rodada. No dia 9 de julho de 1932, eclodia a Revolução Constitucionalista, um dos acontecimentos mais sangrentos da história da cidade de São Paulo, que obrigaria o campeonato a ser pausado devido o clima de tensão na capital paulista.



Devido a este motivo de força maior – a Revolução –, em novembro, a APEA decidiu retomar o campeonato, porém, a fim de completar apenas os jogos válidos pelo primeiro turno: sete rodadas já haviam sido disputadas. Cada clube, portanto, iria realizar mais quatro partidas. E o Palestra, que sem tropeçar estava na liderança, garantiu o caneco vencendo as suas derradeiras partidas – com destaque para os 8 a 0 sobre o Santos, goleada da qual o Verdão saiu de campo como campeão.



Campeonato Paulista de 1947



O Paulistão de 1947 ficou marcado por ter sido o primeiro título da carreira de Oswaldo Brandão como treinador. Mais tarde, Brandão iria treinar os quatro grandes clubes de São Paulo e até mesmo a Seleção Brasileira. O treinador, que por conta de uma lesão trocou as chuteiras pelo banco de reservas muito cedo, colecionou importantes títulos ao longo das décadas de 60 e 70.



A história do 11º título paulista do Verdão começa no início de 1947, quando o time não vivia a sua melhor fase: havia perdido algumas partidas sob o comando de Ventura Cambón. Eis que Brandão assume a equipe alviverde e o cenário dentro do Palmeiras se transforma radicalmente.



Logo de cara, o Verdão somou pontos importantes no Paulistão: venceu as oito primeiras partidas da competição com certa tranquilidade. Com jogadores de alto nível no elenco, como Oberdan, Lula, Lima e Canhotinho, o Palmeiras só foi conhecer o seu primeiro revés na 15º rodada (o único no certame). No total, o Alviverde disputou 20 partidas, obtendo 17 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota. Balançou as redes adversárias 51 vezes e sofreu 16 tentos.



O título veio com antecedência, na penúltima rodada da competição. Com gols de Turcão e Arturzinho, o Palmeiras bateu o Santos por 2 a 1 em plena Vila Belmiro e garantiu o troféu.



Campeonato Paulista de 1959



A história do 13º título paulista da história do Palmeiras, decidido contra o Santos de Pelé em janeiro de 1960 (porém, válido pelo Paulista de 1959), começa – na verdade – em 1958. À época, o Palmeiras vivia o que naquele momento era o maior jejum de sua história, pois não conquistava uma taça desde 1951. O momento era de reformulação: com o dinheiro da venda de Mazzola, ainda em 1958, foram contratados vários jogadores, como Julinho Botelho, Valdir Joaquim de Morais, Geraldo Scotto, Zequinha, Ênio Andrade, Américo Murollo, Nardo, Chinesinho e Romeiro. Começava, naquele momento, a se formar o esquadrão que ficou imortalizado como “A Primeira Academia”.



Após a chegada do lateral-direito Djalma Santos, no início de 1959, o Palmeiras entrou no Paulistão e acumulou um subtotal de 35 jogos, dos quais venceu 27, empatou 5 e perdeu 3, marcando 98 gols e sofrendo 28. Com esta campanha, o Palmeiras perdeu apenas 13 pontos durante o certame, e o Santos também. Como, à época, o campeão era definido pela menor quantidade de pontos perdidos, houve a necessidade de os clubes disputarem uma “melhor de três” para definir quem ficaria com o troféu, como previa o regulamento da competição.



Nos dois primeiros duelos, dois empates: 1 a 1 (gols de Zequinha para o Verdão e Pelé para o Santos) e 2 a 2 (gols de Getúlio [contra] e Chinesinho para o Verdão e dois de Pepe, ambos de pênalti, para o Santos). Aumentava, assim, a dramaticidade e o grau de relevância da competição, que passara a se chamar “Supercampeonato Paulista”.



O derradeiro jogo foi disputado no dia 10 de janeiro, no Pacaembu. Logo aos 13min, Pelé abriu o placar para o Santos. Aos 32min, o zagueiro santista Formiga tentou rebater a bola cruzada por Romeiro e acabou deixando-a de graça para Julinho, então capitão do time alviverde, empatar. No segundo tempo, em cobrança de falta aos 3min, o golpe final de Romeiro selou o fim da fila palmeirense.



Confira a vitória do Palmeiras diante o Santos e a conquista do 13º título no Paulistão:







Década de 1960



Depois do Supercampeonato Paulista de 1959, vieram outros memoráveis confrontos ante o time de Pelé. Durante toda a década de 60, Palmeiras e Santos se revezaram na conquista do Estadual.



Em 1958, o campeão foi o Santos. Já o título de 1959, ficou com o Alviverde. Em 1961 e 1962, deu novamente o Peixe, e em 1963, Palmeiras. Chegou 1964 e o Alvinegro Praiano recuperou, mais uma vez, o trono e, de quebra, confirmou o título também em 1965. Em 1966, foi a vez de o Verdão levantar o troféu, enquanto o Santos comemorou os títulos de 1967, 1968 e 1969.



Foram, no total, 12 edições consecutivas nas quais os campeões sempre eram Santos ou Palmeiras. Nos anos 60, o Santos tinha Pelé, e o Palmeiras, a Academia. Os dois times viviam uma evidente fase de hegemonia no futebol brasileiro.



Enquanto a equipe santista disputava novas competições, como a Libertadores, o Alviverde, literalmente, ganhava o Brasil: por sua popularidade, foi escolhido para representar a Seleção Brasileira em partida válida pelo festival de inauguração do estádio Magalhães Pinto, o Mineirão.



O sucesso que o Verdão fazia à época tem uma explicação. Ele havia sido o primeiro brasileiro a chegar a uma final de Libertadores – em 1961 –, o segundo campeão brasileiro com a conquista da Taça Brasil de 1960 (o primeiro fora o Bahia-BA, em 1959) e campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1965, que naquele período era uma das competições mais acirradas.



Campeonato Paulista de 1996



O Palmeiras, que já vinha de um bicampeonato brasileiro (93/94) e de um bicampeonato paulista (93/94) – além de um Torneio Rio-São Paulo, em 1993 –, entrou com todas as forças para conquistar, em 1996, a taça do Campeonato Paulista pela 21º vez em sua história.



Com um esquadrão que contava com jogadores de altíssimo nível, como Roberto Carlos, Djalminha, Müller, Luizão, Cafu, Rivaldo e muitos outros, o Palmeiras acumulou um total de 30 jogos na competição: 27 vitórias, 2 empates e 1 derrota. Marcou um total de 102 gols e foi vazado em apenas 19 oportunidades.



Durante o campeonato, o Verdão chegou a atingir uma sequência invicta de 23 jogos, além de uma série de 18 vitórias. Foi nesta edição do Campeonato Paulista que o ídolo Marcos participou, pela primeira vez, de um título do Palmeiras. Ele já havia se consagrado campeão brasileiro, paulista e do Rio-São Paulo entre os anos de 1993 e 1994, mas nunca havia entrado em campo. Em 1996, aos 23 anos, o goleiro atuou três vezes no certame (uma delas como titular).



Invicto nos clássicos durante competição, o Alviverde bateu no primeiro turno o São Paulo, por 2 a 0, o Corinthians, por 3 a 1, e o Santos, por 6 a 0. No segundo turno acumulou outro triunfo no Choque-Rei, desta vez por 3 a 2; empatou com o Corinthians, por 2 a 2 e, no derradeiro clássico, venceu o Santos por 2 a 0, garantindo o título do Paulistão com antecedência.





O time do Palmeiras campeão do Campeonato Paulista de 1932





Palmeiras x Santos, em 1947





Comemoração do título do Paulistão de 1959 após vitória sobre o Santos na grande final





Os campeões do Campeonato Paulista de 1963





O time palmeirense campeão paulista em 1966





Palmeiras x Santos, em 1996







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