Lucas Lima teve atuação de gala contra o XV (Foto: Ivan Storti)
Com ou sem Robinho em campo o Palmeiras terá motivos de sobra para se preocupar neste domingo, a partir das 16h, no primeiro jogo da final do Paulistão, disputado no Allianz Parque.
Enquanto os atacantes do Santos se destacam, como o artilheiro Ricardo Oliveira, é na armação das jogadas, comandada por Lucas Lima, que talvez “more” a grande arma santista.
Arma esta que o atual técnico do Verdão, Oswaldo de Oliveira, no Alvinegro até ano passado, tenta neutralizar. Uma situação muito diferente da do começo de 2014, quando Lucas Lima estava na pauta para ser contratado pelo Santos. Na época, Oswaldo admitiu que não lembrava do meia, que estava no Sport.
Hoje protagonista do Peixe e titular, com cinco assistências e um gol no campeonato, Lucas nem sequer foi relacionado para a final do Paulista ano passado, perdida para o Ituano. Mesmo com todas essas adversidades, o camisa 20 do Peixe elogia o seu ex-treinador, hoje rival.
– Não fiquei triste, isso não me abateu. Tentei melhorar meu trabalho da melhor forma possível. Evolui muito como jogador quando o Oswaldo era treinador. Essas coisas servem de motivação pra mim – disse Lucas Lima em entrevista ao LANCE!.
Em meio à reformulação da equipe alvinegra no início do ano, após a eleição presidencial e a crise financeira que fez com que alguns jogadores deixassem o clube na Justiça, o camisa 20 também teve a chance de sair do clube. E de uma melhor forma, que Arouca e Aranha: com uma oferta de R$ 15 milhões do Torino (ITA). Que acabou recusada.
– Fiquei aqui no Santos porque sempre acreditei. Passamos dificuldades, mas sempre acreditei que podíamos ganhar. Temos jogadores experientes e de grande qualidade aqui, além dos que foram contratados e tem nos ajudado muito – diz.
Já na mira da Europa, Lucas quer, antes de conhecer o Velho Continente, acrescentar títulos em seu currículo. Sem nunca ter levantado uma taça como profissional, o meia tem “apenas” os prêmios de melhor meia do Pernambucano de 2013 e o melhor jogador da Série B do mesmo ano, ambos no Sport.
Sedento por taças, Lucas garante que o time está pronto para vencer.
– Serão as partidas da minha vida. Faremos o possível e o impossível pelo título. Pode acreditar – diz.
Confira o bate-bola com Lucas Lima:
O que aprendeu com o Oswaldo de Oliveira quando seu treinador?
Ele sempre falava sobre a dinâmica de jogo, de atacar e defender, de pressionar o homem da bola, marcar, dar liberdade... Muitas coisas. Taticamente melhorei muito. Aprendi a diminuir espaços e roubar a bola, como fiz contra o XV de Piracicaba.
A sua bola parada melhorou de uns tempos para cá. O Oswaldo te cobrava nesse aspecto?
Ele sempre cobrou e pedia para eu treinar com bola parada. Por eu ser batedor, sempre me cobram para concentrar bastante nisso. Para melhorar, acho que depende um pouco dos dois: jogador e treinador. Creio que todos os treinadores ajudaram um pouco nisso, na forma de pegar na bola para bater.
Você fez um gol contra o XV de Piracicaba e não tinha uma comemoração. Planeja alguma nova?
Na hora é difícil fazer qualquer uma que se tenha pensado, você fica emocionado. Contra o XV o Cicinho falou que eu ia fazer um gol, então na hora corri na direção dele para dar uma moral e agradecer.
É a sua primeira final pelo Santos. Já sonhou com um gol na final ou até mesmo erguendo o troféu?
Na verdade, estou sonhando com o título desde que cheguei. Penso assim: fomos desacreditamos, mas nunca deixamos de acreditar. Sempre pensei que éramos capazes de vencer.
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