Arouca tem apenas 11 jogos pelo Verdão e já vai disputar uma final (FOTO: Ari Ferreira)
Oswaldo de Oliveira está em sua quarta final consecutiva em Estaduais. Valdivia foi o craque na última conquista do Palmeiras no torneio, em 2008. Rafael Marques marcou o gol do título carioca do Botafogo em 2013. Mas nenhum palmeirense está mais habituado a disputar decisões como a deste domingo quanto Arouca. Contando com essa, são seis finais de Paulista seguidas.
Pelo Santos, adversário que começa a medir forças com o Verdão às 16h deste domingo, no Allianz Parque, Arouca foi campeão da competição em 2010, 2011 e 2012 e vice em 2013 e 2014. Em 2015, participará de uma decisão logo em seu 12 jogo com a camisa alviverde (foram dez pelo Paulista e um pela Copa do Brasil até aqui).
- As duas finais mais marcantes para mim foram as de 2010 e 2011. Contra o Santo André, eu tirei uma bola em cima da linha e tivemos que segurar os caras com oito em campo (Léo, Marquinhos e Roberto Brum foram expulsos).
Contra o Corinthians, em 2011, fiz um dos gols na final e dediquei à minha filha, foi um momento inesquecível também. Espero que esse ano tenha uma boa história para contar e que seja tão especial quanto essas outras ou mais – disse o camisa 5, ao LANCE!.
Volante concedeu entrevista exclusiva ao LANCE! (FOTO: Eduardo Viana)
O tempo é curto, mas Arouca já é considerado peça fundamental no novo clube. Assim como no ano passado, no Santos, Oswaldo de Oliveira o enxerga como titular absoluto. Ao lado de Gabriel, outro que chegou ao Palestra Itália recentemente, ele certamente estará na briga pelo prêmio de melhor volante da competição.
Embora seja tímido e não peça a palavra nas rodas de vestiário, como Zé Roberto, Arouca também é visto como importante fora do gramado. Oswaldo diz que sua conduta no dia a dia serve de exemplo para os mais jovens, além do currículo vencedor.
- Temos muitos jogadores experientes e acostumados com situações como essa no grupo, e isso ajuda bastante. Prass, Zé Roberto, Aranha, Valdivia, Cleiton e tantos outros que já passaram por muitas decisões. Nosso grupo é muito unido, conversa bastante e troca essas experiências.
Ter vivido tanta coisa no futebol me ajuda a manter os pés no chão, não me deslumbrar com as vitórias e muito menos achar que um jogo será fácil – analisou o jogador.
- Teremos duas batalhas com o Santos para buscar nosso objetivo. E vamos lutar até o fim por isso!
Confira um bate-bola exclusivo com Arouca:
LANCE!: Você vai disputar sua sexta final de Paulistão seguida. A emoção de chegar até essa fase continua sendo grande?
Arouca: Cada jogo, especialmente uma decisão, tem uma emoção diferente. Quando se trata de um campeonato tão disputado, como é o caso do Paulista, é ainda maior. São muitas dificuldades e muitos obstáculos até chegar a uma partida como essa. Para mim, que cheguei ao clube há tão pouco tempo, fiz uma pré-temporada depois dos meus companheiros e tive um pouco mais de dificuldade para chegar ao ritmo deles, é muito especial. Da mesma forma para o clube, que passou por uma reformulação tão profunda e, mesmo com a pré-temporada tão curta que temos no Brasil e a maratona de jogos, já demonstrou sua força e que é capaz de conquistar bons resultados.
Acha que o Palmeiras, depois de toda a reformulação, já está pronto para encarar qualquer um?
Se você pegar os jogos que fizemos nas últimas semanas, especialmente contra o São Paulo (vitória por 3 a 0) e a semifinal com o Corinthians, que é dado por muitos como o melhor time do país, acredito que estamos no caminho. Sabemos que ainda não alcançamos todo o nosso potencial e que isso é até compreensível. Ainda é cedo para dizer que podemos enfrentar qualquer adversário, mas pelos resultados que conquistamos em tão pouco tempo de trabalho, estamos no caminho certo.
Os jogadores têm destacado muito a união. O que vocês fizeram para que o entrosar tão rápido?
Os jogadores do nosso grupo são muito determinados e boas pessoas. Não tem ninguém que fuja dessa regra. Sabemos que existe muita vaidade no futebol e, quando um clube consegue montar um elenco que está preocupado em jogar bola, o resultado normalmente é muito bom. Isso passa também pelo Oswaldo, que sabe fazer muito bem esse trabalho de valorizar os profissionais que estão no clube, e pelo Alexandre Mattos e o Cícero, que escolheram a dedo, todos com perfil bom.
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