Dudu perdeu o pênalti e a chance de dar mais tranquilidade ao palmeirense antes da finalíssima
Poderia ser mais fácil. Se Cleiton Xavier acertasse aquele chute logo depois do primeiro gol, se o Dudu tivesse batido o pênalti direito, se o time não se enervasse demais com o erro do pênalti, se tivesse mantido a pressão do fim do primeiro tempo quando estávamos com um jogador a mais. Poderíamos ter vencido por bem mais que o 1 a 0 de ontem.
Mas, se fosse fácil, não seria Palmeiras – especialmente esse Palmeiras a que o torcedor foi forçado a se acostumar nos últimos anos, em que cada vitória parece extraída a fórceps e a custo de muito sangue, suor e lágrimas de todos os torcedores – imagina então ser campeão, ainda que seja "só um Paulistinha"?
O time até que fez um bom jogo e os quase 40 mil pagantes no Allianz Parque (mais de R$ 100 o ingresso médio, fica o registro) tiveram o tempo todo a certeza da vitória, principalmente depois do gol do Leandro Banana (Leandro Pereira, desculpa, é nome de praça), em jogada igualzinha ao de duas semanas atrás, contra o Botafogo. Mas caiu muito de produção no segundo tempo, especialmente depois do pênalti perdido por Dudu. Kelvin e Gabriel Jesus não entraram bem, o ritmo caiu e o Palmeiras não conseguiu aproveitar a vantagem numérica para se impor e levar uma vantagem mais confortável para a Vila Belmiro.
Uma prova clara de que o resultado foi magro e aquém do que poderíamos ter feito é que o Santos fez cera durante quase todo o segundo tempo, claramente apostando na estratégia de reverter o placar em casa. O empate é nosso, uma vitória simples deles dá pênaltis. Eles vão só treinar a semana toda, nós mandaremos os reservas para uma festa em São Luís (porque, tenham certeza, será uma festa, independentemente do placar em campo). Eles esperam por Robinho, nós por Arouca e pelo chileno da camisa 10 que talvez nos dê a honra de fazer, no começo de MAIO, sua TERCEIRA partida na temporada.
Eu, se fosse Oswaldo, armaria um time mais fechadinho, com Victor Luís na esquerda, Gabriel e Robinho fechando o meio, Zé Roberto formando a segunda linha com Cleiton Xavier e Dudu e o Rafael Marques no ataque, deixando o chileno (se ele nos presentar com a chance de admirar seu extraordinário futebol), o Menino Jesus e o Banana para resolver a parada no segundo tempo. Mas sou só um corneteiro. Espero que o Oswaldo, bem pago que é para isso, escale um time adequado ao contexto do jogo.
Faltam só 90 minutos e será uma longa semana até lá. Poderia ser mais fácil. Mas, como sabemos, se fosse fácil, não seria Palmeiras.
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