Cláudio Morais, integrante da Mancha Alviverde, está internado após ser espancado por torcedores santistas
Se a primeira partida da final do Paulista entre Palmeiras e Santos só teve duas cadeiras quebradas dentro do Allianz Parque, fora dele a violência entre torcidas voltou a aparecer. O palmeirense Claudio Fernando Mendes Cardoso de Morais foi espancado por santistas em Poá, na Grande São Paulo, após a partida, e gerou preocupação na torcida alviverde que pretende ir ao segundo jogo na Vila Belmiro.
Dudu, como era conhecido, está em estado gravíssimo. No momento da agressão, ele vestia uniforme e deixava à vista uma tatuagem da torcida organizada do Palmeiras Mancha Alviverde. Apesar disso, em contato com o UOL Esporte, a liderança da organizada rejeitou qualquer desejo de vingança, e revelou receio com o que pode acontecer no domingo, quando a torcida santista será imensa maioria na Vila.
"A gente vai solicitar com as autoridades uma escolta até a Vila. A verdadeira torcida do Santos não é de briga, mas é importante haver proteção para os palmeirenses. A gente não quer revide pelo o que aconteceu. Queremos proteção e não ter nenhum contato com a torcida do Santos", pediu o presidente da Mancha Alviverde, Marcos Ferreira.
A reportagem entrou em contato com a Federação Paulista de Futebol que afirmou que ainda não há orientações especiais de proteção aos palmeirenses. A entidade disse que atenderá o que for pedido pela Polícia Militar.
"A Federação normalmente não se envolve nessas coisas, fica entre a torcida e a Polícia Militar. Nos vamos atender ao que for pedido pela polícia", disse Marcos Marinho, chefe de arbitragem da FPF.
A preocupação não se resumia ao domingo: os ingressos para a torcida do Palmeiras, inicialmente, seriam vendidos apenas na Vila Belmiro, a partir desta quinta-feira. Os palmeirenses que pretendiam adquirí-los precisariam se dirigir até lá, ficando totalmente expostos a torcedores do Santos. No entanto, o alvinegro praiano atendeu a um pedido da diretoria do Palmeiras e também venderá os bilhetes no Pacaembu.
O UOL Esporte tentou contato com a Polícia Militar várias vezes ao longo da tarde desta terça-feira, mas foi informado que os responsáveis pela escolta de torcidas na final do Campeonato Paulista estavam em reunião.
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