Artilheiro do Palmeiras em 2010 lembra gols, polêmica e título que escapou

Atacante Robert passou pelo Palmeiras em 2009 e 2010



Nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, diante do Sampaio Correa, o Palmeiras vai encontrar um conhecido: Robert. Quando deixou o alviverde em 2010, de forma polêmica, o centroavante era o artilheiro do time na temporada, com 14 gols só nos primeiros cinco meses. O faro de gol ainda existe: com 15 gols pelo clube maranhense, é um dos maiores goleadores do país em 2015.



Em contato com a reportagem do UOL Esporte, Robert relembrou sua passagem pelo Palmeiras – por pouco não conquistou o Brasileirão de 2009, fez gols contra rivais e saiu após um desentendimento com o então treinador Antônio Carlos – sem mágoas, garante.



"A lembrança é muito boa, o Palmeiras é uma grande equipe, com a qual me identifiquei muito. Fiz gols contra rivais (foram três em um clássico contra o Santos e dois diante do São Paulo), ajudando a equipe. Chegou perto do título brasileiro (perdeu nas últimas quatro rodadas, terminando na quinta colocação). Foi o time que me acolheu quando voltei ao Brasil, após nove anos. Na rua, o torcedor mostra carinho comigo, fala dos gols", lembrou.



A relação com o Palmeiras acabou em maio de 2010, em uma briga com o então treinador Antonio Carlos. O atacante teria chegado atrasado a um treinamento após um empate contra o Vasco em São Januário, e discutido com o comandante. Os dois negaram, mas na terça-feira, dois dias após a partida, deixaram o clube.



"Ali, no final, houve uma turbulência com o treinador. O Palmeiras acabou decidindo pela minha saída do clube. Então, foi uma passagem boa, com um final ruim. Mas foi tudo bem, não tem mágoa não. Depois eu fui para o Cruzeiro, outra grande equipe, vice-campeã brasileira".



Focado na decisão do Paulistão no domingo, diante do Santos, o alviverde enviou um time reserva ao Maranhão. Uma das ausências é de Cleiton Xavier, principal articulador do time em 2009 e 2010, e velho conhecido de Robert. "O Cleiton dificulta para qualquer adversário, coloca atacantes na cara do gol, na bola parada é muito forte. Fiquei triste por ele não poder vir, mas feliz por ele não estar em campo (risos). Tem que se cuidar com todo mundo no Palmeiras. Foi o clube que mais contratou no começo da temporada".



Apesar da saída polêmica, até hoje com poucos detalhes, o atacante garante que não guarda mágoa do Palmeiras. Na verdade, até admite que, após o confronto desta quarta, pretende assistir à final do Paulistão no domingo e torcer pelo alviverde.



"Agora a gente tem um foco, que é esse jogo. Depois, a final do Maranhense é no sábado, então, por incrível que pareça, na final estaremos na telinha, e vou torcer pelo Palmeiras. Eu tive minha passagem e deixei muitos amigos, lá, então minha torcida será pelo Palmeiras". Torcida, entretanto, só no domingo. " Se fizer gols contra um time grande, vou comemorar. Com uma equipe como é o Palmeiras, vou comemorar sim. Vou fazer o melhor possível. É importante sair com a vitórai ou no mínimo forçar um jogo de volta".



Contra um time reserva do Palmeiras, o centroavante quer subir mais um degrau para atingir uma meta bastante ousada. "Quando cheguei, dei uma entrevista dizendo que queria fazer 30 gols. Estamos aí quase na metade do ano, foram 15. Depois no Brasileiro tem 38 rodadas. Acho que consigo fazer mais 15 e bater a meta".





FICHA TÉCNICA

SAMPAIO CORRÊA X PALMEIRAS



Local: estádio Castelão, em São Luis (MA)

Data: 29 de abril de 2015, quarta-feira

Horário: 22 horas (de Brasília)

Árbitro: Antonio Dib Moraes de Sousa (PI)

Assistentes: Rogério de Oliveira Braga e Francisco Nurisman Machado Gaspar (ambos do PI)



SAMPAIO CORRÊA: Milton Raphael; Daniel Damião, Luiz Otávio, Edvânio e Wilian Simões; Moisés, Diones, Raí e Válber; Pimentinha e Robert

Técnico: Oliveira Canindé



PALMEIRAS: Jailson; Ayrton, Tobio, Jackson e Victor Luis; Amaral e Renato; Kelvin, Alan Patrick e Ryder; Gabriel Jesus

Técnico: Oswaldo de Oliveira

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