Walter Feldman é o secretário-geral da CBF (Rafael Ribeiro/CBF)
A CBF voltou confiante da caminhada política que fez no Congresso Nacional pregando mudanças na Medida Provisória do Profut, que trata do refinanciamento das dívidas dos clubes da União, prevê contrapartidas, mas enquadra a entidade em alguns aspectos, como "empurrando-a" a limitar os mandatos do presidente.
Na visão do secretário-geral da entidade, Walter Feldman, que esteve em Brasília acompanhando o presidente Marco Polo Del Nero e o diretor financeiro Rogério Caboclo, as mudanças serão certas.
- A CBF não tem uma preocupação direta, pessoal e institucional em relação à MP. Até porque os excessos dela relacionados à CBF serão retirados. Não temos apreensões e nenhuma dúvida. Mas os clubes, se a MP for aprovada, serão muito prejudicados. Consideramos que o parcelamento e as contrapartidas são necessárias, mas os excessos têm que ser retirados - disse ele, acrescentando:
- Fizemos uma peregrinação em Brasília. Visitamos os dois presidentes das casas, três ministros e falamos com muitos deputados e senadores. A posição da CBF é muito clara. Representamos clubes e federações do Brasil.
Os clubes e a CBF se juntaram para atacar diversos pontos do texto, como a obrigatoriedade de concentrar todas as receitas em uma conta bancária única.
- Já apresentamos um documento, fruto da reunião dos clubes, que caracterizam uma certa intervenção estatal no futebol, que é uma atividade privada. A centralização de uma conta é como se dissesse: "Não confio que vocês irão pagar. Então vou controlar toda a entrada receitas". É imaginar que o parceiro de um contrato não vai cumpri-lo - disse o dirigente.
Por parte da CBF, outra batalha é contra a criação de ligas.
- Temos que fazer com que seja lucrativa para os clubes sem que o estado venha colocar a mão indevida, inconstitucional e ilegal.
E não tem sentido a Medida Provisória tratar da criação de ligas. Isso separaria o futebol em dois, Isso enfraqueceria - completou Feldman.
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