A Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou na última quinta-feira a seleção do Campeonato Paulista de 2015. Palmeirenses e santistas dominaram a eleição. E a seleção da final entre Santos e Palmeiras, qual seria? O LANCE! abriu votação entre seus jornalistas na redação e montou um time dos melhores da decisão. Confira uma análise dos 11 eleitos pela campanha no Paulistão.
Goleiro - Prass, 17 jogos no torneio
ANÁLISE: "Foi um importante alicerce nesta reformulação. Um dos poucos que se salvou em 2014, é líder no elenco e manteve a regularidade que apresenta desde que chegou, fazendo um bom Paulista. A consagração veio no Dérbi, quando defendeu dois pênaltis, e classificou o Palmeiras à final em cima do Corinthians, em Itaquera."
Por Thiago Ferri, setorista do Palmeiras
Lateral-direito - Lucas, 16 jogos
ANÁLISE: "Ficou quatro meses sem jogar antes de acertar com o Palmeiras e sofreu com a falta de ritmo nos primeiros jogos do ano, mas jogou até com a costela fraturada para engrenar. E conseguiu. Chega ao fim do Paulistão como titular incontestável e muita regularidade. Nas partidas decisivas, sofreu muito pouco na marcação e ainda deu assistências preciosas. Foi o melhor em campo no jogo de ida contra o Peixe."
Por Fellipe Lucena, setorista do Palmeiras
Zagueiro - Victor Ramos, 7 jogos - 1 gol
ANÁLISE: "Quando chegou, sua contratação não foi muito compreendida, mas o camisa 3 aproveitou a lesão de Tobio para ganhar espaço. É muitas vezes estabanado, só que o beque é uma boa opção em jogadas pelo alto, principalmente, e ganhou a torcida por conta de seu estilo brigador. Tornou-se titular merecidamente até agora."
Por Thiago Ferri, setorista do Palmeiras
Zagueiro - David Braz, 16 jogos - 2 gols
ANÁLISE: "Antes contestado pela torcida, renegado pela diretoria e encostado pelas antigas comissões técnicas, passou a ser um dos alicerces do time. Muito seguro, teve ótimas atuações no Paulistão e merece não só estar na seleção da final como também na do campeonato."
Por Bruno Cassucci, setorista do Santos
Lateral-esquerdo - Zé Roberto, 13 jogos - 1 gol
ANÁLISE: "O vigor físico não é mais o mesmo, porém a qualidade técnica e o espírito de liderança fazem a diferença. Fez um Paulista se alternando em jogos muito bons e outros bem ruins, mas ganhou a torcida graças à sua inflamada preleção antes da estreia no Paulista. O discurso no vestiário, dizendo que 'o Palmeiras é grande', foi um dos destaques do clube neste início de 2015."
Por Thiago Ferri, setorista do Palmeiras
Volante - Gabriel, 17 jogos - 1 gol
ANÁLISE: "Peça-chave no time de Oswaldo de Oliveira. O volante não foi um dos reforços mais badalados para a temporada, mas é um dos que mais jogou (e bem) em 2015. Ele está em todos os lugares no campo: marca, chega como elemento surpresa, busca a bola entre os zagueiros... Formou uma boa dupla de volantes com Arouca."
Por Thiago Ferri, setorista do Palmeiras
Volante - Arouca, 11 jogos
ANÁLISE:"Repare: todos os times campeões nos últimos anos têm uma dupla de volantes azeitada, que marca e ataca com eficiência. Arouca chegou para ser referência no Palmeiras. E foi. Sua experiência ajudou no entrosamento com Gabriel, que é mais jovem, e os dois têm mostrado uma sincronia incrível."
Por Fellipe Lucena, setorista do Palmeiras
Meia - Robinho, 17 jogos - 5 gols
ANÁLISE: "Ele está longe de ser um craque e sabe muito bem disso, mas tem incrível consciência de suas limitações e qualidades. O meia notou que tinha aproveitamento ruim em cobranças de falta, treinou diariamente e marcou dessa forma contra o Capivariano. Ouviu do pai que precisava chutar mais de fora da área, e fez um gol inacreditável contra o São Paulo. Ele explicou que decidiu matar a bola mal lançada por Rogério Ceni no peito porque sabe que vai mal com a cabeça. Sem grife, o operário do Verdão foi peça-chave no esquema por saber recuar e avançar na hora certa."
Por Fellipe Lucena, setorista do Palmeiras
Meia - Lucas Lima, 17 jogos - 1 gol
ANÁLISE: "Surpreendeu não só pela qualidade, mas sim por demonstrar tamanha capacidade na armação do time, onde o Santos não via um jogador com desenvoltura há anos. Na prática, se destacou com assistências simples e cresceu em decisões criando jogadas não só com passes, mas com dribles e velocidade. Está entre os dois mais importantes jogadores do time."
Por Russel Dias, setorista do Santos
Atacante - Robinho, 12 jogos - 5 gols
ANÁLISE: "É importante para o time simplesmente por estar jogando. Pode não estar em seu melhor dia particularmente, mas é necessário para dar confiança aos demais. Mesmo se não correr como está acostumado, puxa a marcação para si e facilita o jogo para o restante do ataque. Quando está inspirado, pode protagonizar lances que entram para a história. Neste Paulistão, se destacou poucas vezes, mas quando o fez, como contra a Portuguesa por exemplo, que fez dois gols, mostrou que ainda pode decidir jogos e o campeonato."
Por Russel Dias, setorista do Santos
Atacante - Ricardo Oliveira, 17 jogos - 10 gols
ANÁLISE: "Chegou sob desconfiança até da diretoria. Parte da cúpula temia as condições físicas dele, e o técnico Enderson Moreira sempre preferiu Walter. No entanto, resposta veio em campo: artilheiro do Paulistão e destaque do time. Um líder além de tudo! Recebendo R$ 50 mil por mês até então, certamente oferece o melhor custo-benefício do Brasil."
Por Bruno Cassucci, setorista do Santos
Técnico - Oswaldo de Oliveira
ANÁLISE: "Receber 19 novos jogadores e montar um time competitivo em clube moralmente rebaixado em 2014 não seria tarefa fácil. O Palmeiras superou expectativas ao chegar à final do Paulistão. Ainda não é um time pronto para ser campeão, e mesmo assim está a um empate disso. Com ou sem taça ao fim dos 90 minutos na Vila Belmiro, o trabalho de Oswaldo de Oliveira pode ser considerado ótimo até aqui e deve ter sequência no Brasileirão. O técnico errou mais do que acertou, principalmente na semifinal contra o invicto e sólido Corinthians"
Por Thiago Salata, editor do LANCE!
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