Diretor: CBF não tem receio de liga, mas Confederação é casa dos clubes

Manuel Lopes também esclarece que a Copa do Nordeste não é uma competição independente, mas que é outra organizada pela Confederação Brasileira de Futebol

Manoel Flores afirmou que clubes têm liberdade na Confederação (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)



Nesta semana, a CBF promoveu o I Seminário de Operações da Série A, em sua sede, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, com o discurso de atingir uma organização de Liga dos Campeões. Embora a principal competição da Europa seja realizada pela UEFA, os campeonatos nacionais do Velho Mundo são formalizados por ligas independentes de federações. Perguntado sobre essa possibilidade no Brasil, o diretor de competições da Confederação Brasileiro de Futebol, Manuel Flores, disse que não há receio disso, mas que a CBF é a casa dos clubes e que há liberdade para as agremiações pleitearem o que desejam dentro da instituição.



- A CBF é a casa dos clubes. A CBF não tem receio. Ela entende que os clubes têm a maior liberdade do mundo para pleitear e buscar o que for melhor para eles. Nesse momento novo da gestão do presidente Marco Polo Del Nero, tivemos um seminário com os treinadores da Série A, tivemos um seminário de operações com a equipe do SporTV, da TV Globo (emissoras detentoras dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro). A gente sempre vai discutir o que seja interesse dos clubes - disse Manuel Lopes.



O dirigente também explicou que, embora exista a participação da Liga do Nordeste, a Copa do Nordeste é uma competição organizada pela CBF. Sucesso de público, a decisão do campeonato registrou o maior número de ingressos vendidos na temporada 2015. Ao todo, 63.399 torcedores pagaram para acompanhar a vitória do Ceará sobre o Bahia por 2 a 1, no Castelão, rendendo um título inédito ao Alvinegro.



- Não há independência. A existência da Liga é importante porque o Nordeste por si só é um país. A gente entende que tem peculiaridade que são inerentes à região. A Liga nos ajuda a entender demandas e buscar interesses consensuais para os clubes e federações dessa região. Porém, o diálogo é sempre feito a quatro mãos, envolvendo a própria Liga, a CBF, as federações. Tudo isso é decidido consensualmente para o bem do Nordeste - esclareceu.

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