Ex-parceiros, 'espiões' de Santos e Palmeiras se encontram na final

2/5/2015 07:38

Ex-parceiros, 'espiões' de Santos e Palmeiras se encontram na final

Mistério antes da finalíssima do Paulistão ‘une’ analistas de desempenho de Peixe e Verdão. Corrida para informações tem duelo de aprendiz e professor, agora em lados opostos

Ex-parceiros, 'espiões' de Santos e Palmeiras se encontram na final

Lucas Matheus ao lado de Marcelo Fernandes (Foto: Ivan Storti/Santos FC)



Um tem 27 anos, outro tem 21. Nenhum deles entra em campo, mas dependendo do que eles disserem a Oswaldo de Oliveira e Marcelo Fernandes os times de Palmeiras e Santos podem entrar mudados na final do Paulista. Analistas de desempenho, Luccas Mattheus Brito (21), do Peixe, e Gabriel de Oliveira (27), do Verdão, trabalharam juntos em 2014 e voltarão a se encontrar neste domingo.



Lucas, o mais jovem, foi na verdade aprendiz de Gabriel, que foi o analista de desempenho do Peixe enquanto Oswaldo de Oliveira comandou o clube. Mesmo agora em lados opostos, Lucas conta que tudo que aprendeu para hoje ocupar a importante função foi com o filho de Oswaldo, rival na decisão.



– A gente começou junto. Aprendi muito com ele. Fui aprendendo um pouco de cada coisa. Logo depois da demissão do Oswaldo, eu assumi. O Gabriel foi embora, mas me deixou pronto – conta Lucas Mattheus, em entrevista ao LANCE!.



Em meio ao mistério criado pelos treinadores de Santos e Palmeiras, que tenta esconder seus times para a finalíssima, os analistas “sofrem”, já que precisam coletar o máximo de informações possíveis para não serem surpreendidos em campo.



A falta de pistas dos treinadores só é ruim para os analistas.

– Da mesma forma que aqui a gente tenta fechar o treino, eles sabem fazer isso também. Qualquer informação é fundamental para escalar o time. A gente acompanha informações na internet e acrescento também os jogos que assisti do adversário para fazer um relatório para o treinador – comenta.



Enquanto o caldeirão da Vila Belmiro vai esquentando para a decisão do Paulistão, os analistas quebram a cabeça para desvendarem os mistérios e fazerem com que os números façam a diferença.





Gabriel Oliveira, analista e filho de Oswaldo, quando trabalhava no Peixe (Foto: Ricardo Saibun/Lancepress)



- Menino da Vila



Primo do lateral-direito Crystian, criado na base do Peixe, Lucas veio de Goiás sem saber ao certo o que faria em Santos. Quando chegou na Baixada Santista, conheceu diversos jogadores e fez amizade com um em especial: Neymar.



Desenvolto com tecnologia, começou a passar mais tempo no CT Rei Pelé consertando celulares de jogadores. Com a chegada de Oswaldo de Oliveira, Lucas Mattheus passou a editar os vídeos para o analista de desempenho Gabriel de Oliveira.



- Contra o Corinthians, análise ‘mudou’ a escalação



Poucas vezes o técnico Marcelo Fernandes mudou o time do Santos no Paulistão, mas a alteração que chamou mais a atenção foi no jogo contra o Corinthians, em Itaquera. Acostumado a jogar com três atacantes, o Peixe abriu mão do atacante Geuvânio para povoar o meio de campo e o treinador optou por escalar Elano naquela ocasião.



A alteração aconteceu após uma conversa de Fernandes com Lucas Mattheus. Mas a escolha de quem iria jogar foi apenas do técnico.



– Era um jogo decisivo, mas eu o chamei para conversar antes. Eu disse que o Corinthians era um pouco diferente, mas não sugeri quem escalar, só que tínhamos que fazer algo para mudar. Nem imaginava que seria desta forma – disse Mattheus, se referindo a Elano.



- Como funciona o trabalho



Começo

A função do analista, tanto a de Lucas como a de Gabriel, é reunir o máximo de informações sobre o adversário para passar ao treinador, aplicar em campo e passar para os jogadores. Os analistas assistem aos jogos, buscam dados numéricos sobre o oponente e passam todos os detalhes em um relatório para a comissão técnica.



Meio

No caso da final do Paulistão, que tem uma semana de intervalo entre os jogos, os dois profissionais fazem vídeos com erros e acertos tanto do próprio time como o do adversário. São usados números de desarmes, de passes certos e errados e etc. Eles também estudam possíveis variações táticas dos dois times e qual a probabilidade de uma mudança de jogador dar certo.



Fim



Depois de todos os relatórios, os analistas combinam com seus respectivos treinadores o que será passado na preleção antes do jogo para os atletas. Geralmente, os jogadores assistem a vídeos sobre o adversário minutos antes do logo. Nas imagens são mostrados pontos fortes e fracos do oponente que podem ser aproveitados no jogo.



- Bate-bola com Lucas Mattheus, analista de desempenho do Santos



Como funciona o seu trabalho?

Eu vou para o estádio analisar adversários. Trabalho como seis analistas trabalhariam. Eu durmo aqui no CT na maioria das vezes. Assisto jogos, monto dados e faço esse relatório para a comissão.



Como o Marcelo Fernandes lida com as suas análises?

O Marcelo gosta bastante disso. Ele chega com palavras na ponta da língua para a preleção. Entrar em campo sem saber do adversário hoje em dia é arriscado. Te deixa frágil.



Como você e o Gabriel reagiram quando souberam que se encontrariam nas finais?

Antes das semifinais nos falamos. Estamos torcendo bastante um pelo outro, além do nosso trabalho. Às vezes, eu chegava no CT cedo e ele já estava aqui. Para ele, o trabalho deve ser mais fácil do que para mim porque ele trabalhou aqui (risos). Ele sabe onde analisar o Santos.



Te ajuda o fato do Marcelo gostar de tecnologia no trabalho?

Muito! Serve para corrigir erros.











4044 visitas - Fonte: Lancenet!

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