Dudu se revoltou com árbitro na final do Paulistão (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)
O atacante Dudu foi expulso aos 45 minutos do primeiro tempo do jogo de volta da final do Campeonato Paulista, no último domingo, após se desentender com Geuvânio, do Santos – que também acabou recebendo o cartão vermelho.
Entre provocações a adversários e declarações marcantes ao longo do torneio, o jogador demonstrou destempero (chegou a agredir e a xingar Guilherme Cereta de Lima, árbitro da final), um fator a ser “domado” pelo Palmeiras daqui para frente.
Na primeira fase do Paulistão, em clássico contra o São Paulo, pela 12ª rodada, Dudu se “enroscou” com o zagueiro Rafael Toloi, provocando a expulsão do adversário e deixando o Palmeiras com um a mais quando o relógio marcava apenas sete minutos do primeiro tempo. Um estilo explosivo que pode tanto ajudar quanto prejudicar a equipe em determinadas situações.
Pivô de um “chapéu” do Verdão sobre os rivais São Paulo e Corinthians, que também tentavam contratá-lo, Dudu ganhou a vaga entre os titulares de Oswaldo de Oliveira desde o início da temporada.
A agilidade do jogador fez com que ele rapidamente se encaixasse ao esquema tático proposto pelo treinador e se mantivesse na formação principal durante todo o estadual.
Um dos líderes do elenco palmeirense e também um dos que tentou acalmar Dudu no gramado da Vila Belmiro, o goleiro Fernando Prass preferiu não comentar a expulsão do atacante e disse que a questão seria mantida internamente.
– Claro que é uma situação que complica, mas são situações que deixamos para o vestiário – resumiu, na saída do gramado.
De acordo com o relatório do árbitro da final do estadual, disponível no site da Federação Paulista de Futebol, após receber o vermelho, Dudu ficou inconformado e perdeu o controle, xingando o juiz de “safado, ladrão, mau caráter, sem vergonha e filho da p". Além disso, Cereta confirma que levou um soco do palmeirense nas costas.
Internamente, o Palmeiras acredita que a experiência do técnico Oswaldo de Oliveira pode evitar que a personalidade de Dudu o atrapalhe no clube. Caracterizado pelo estilo tranquilo, o treinador costuma conversar com seus atletas particularmente para passar orientações.
Em campo, além de Prass, o treinador também Zé Roberto como símbolo de experiência e “conselheiro” para o restante da equipe.
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