Atlético-MG conquistou a Copa do Brasil, mas custo com o departamento de futebol do clube representou 106% de sua receita no ano
Dos 20 maiores clubes do futebol brasileiro, em apenas cinco os custos com departamento de futebol estão abaixo do limite de 70% da receita total como prevê o texto original da Medida Provisória (MP) do Profut: Fluminense (67%), Vasco (60%), Flamengo (49%), Goiás (48%) e Atlético-PR (45%). O Atlético-MG é o clube que terá mais problemas para se enquadrar à norma sugerida pelo governo já que gastou o equivalente a 106% de sua receita com a folha salarial do departamento.
Em Brasília
Os dados estão na análise dos balanços financeiros dos clubes feita pelo consultor em gestão e marketing esportivo Amir Somoggi. As informações serão apresentadas hoje pelo consultor aos parlamentares da Comissão da MP do Profut, em Brasília, durante a primeira audiência pública para debater a proposta cujo tema será “O futuro do futebol”.
Pesando na conta
Em relação aos custos dos clubes com departamento de futebol, o Palmeiras foi o que mais aumentou as despesas na área entre os maiores times do país, com alta de 51% no ano passado. Em 2013, o clube tinha apenas o 10 maior custo com futebol do país e passou a ter o 3 mais caro com R$ 202,3 milhões, ficando atrás apenas dos rivais Corinthians (R$ 238,5 mi) e São Paulo (R$ 235,5 mi).
Além do futebol
Se no futebol os custos do Palmeiras cresceram, fora dele o clube tem tido dificuldade para arrecadar. Das 16 modalidades não profissionais com movimentações financeiras em 2015, apenas quatro geraram receitas: atletismo, arco e flecha, hóquei e judô, que somaram apenas R$ 8,8 mil de faturamento. Arco e flecha foi a que mais deu retorno, R$ 5,5 mil. Já as despesas nos três primeiros meses do ano somam R$ 1,7 milhão, segundo dados do balancete do clube.
Sem acerto
O Paraná Clube deu entrada ontem com reclamação junto a Comissão Disciplinar da Fifa contra o Flamengo. O clube carioca foi condenado pela Fifa a pagar 55 mil euros (cerca de R$ 190 mil) pela contratação de Thiago Neves ao clube formador do atleta, no caso o Paraná Clube. Apesar do acordo entre os clubes, o Flamengo não pagou as parcelas iniciais.
Morde e assopra
A escolha do empresário João Doria Jr. para chefiar a delegação da Seleção Brasileira na Copa América do Chile não surpreendeu apenas por fugir dos convidados de costume da CBF, como presidentes de clube e políticos. Doria faz parte do grupo que atua no Pacto Setorial do Esporte, iniciativa que já conta com 16 grandes empresas e que visa maior transparência das entidades esportivas.
Ação global
Os craques Lionel Messi (Barcelona) e James Rodriguez (Real Madrid) irão estrelar a nova campanha global da Gatorade que será veiculada a partir do final deste mês. A ação reforçará o conceito “O Suor Faz Mágica”, lançado pela marca para mostrar os benefícios da bebida aos atletas. Essa será a 1 participação de Messi após renovar seu contrato com a Gatorade.
Recusado
Vereador de SP e conselheiro do Palmeiras, Nelo Rodolfo enviou ontem uma carta ao presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, recusando o convite para a festa do Paulistão 2015 que ocorreu ontem, na capital paulista.
O motivo foi “não se sentir bem no mesmo espaço” que o coronel Marinho, chefe da arbitragem de SP, que foi acusado pelo dirigente de prejudicar sistematicamente o Palmeiras.
No documento, ele diz que o árbitro Guilherme Ceretta teve uma “desastrosa atuação” na final entre Palmeiras e Santos que influenciou diretamente o resultado.
Rodolfo ainda atacou as condições do coronel Marinho como chefe da arbitragem paulista.
– Pergunto ao senhor: que formação tem este coronel para dirigir a Comissão de Arbitragem? – indagou o conselheiro.
De Letra
“É inexplicável a permanência dele à frente da Comissão de Arbitragem”
Nelo Rodolgo, vereador de SP e conselheiro do Palmeiras, sobre coronel Marinho em carta enviada ao presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos.
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