A temporada 2015 do Brasileirão 2015 começa no sábado com oito técnicos no comando das equipes da Série A que já lideraram times que terminaram o ano relegados para a Série B desde que a competição passou a ser disputada no sistema de pontos corridos, em 2003.
O Clube dos Rebaixados tem nomes como Luiz Felipe Scolari, atualmente no Grêmio, Tite, do Corinthians, Oswaldo de Oliveira, do Palmeiras, e Ricardo Drubscky, do Fluminense. Eles não estavam necessariamente no banco de reservas na última partida ou naquela que selou a queda, mas participaram de parte da campanha.
Felipão, por exemplo, comandou o Palmeiras em 24 das 38 partidas do Brasileirão de 2012, o equivalente a 63,16% da campanha. Foi coresponsável pelo único rebaixamento da equipe no atual formato da competição (o anterior aconteceu em 2002, com a disputa ainda no sistema classificatório e com decisões no estilo mata-mata) ao lado de Gilson Kleina, que dirigiu o time 13 vezes (34,21%) e Narciso, interino por uma partida.
Tite também teve participação na campanha do Atlético-MG em 2005. Comandou o time em 17 das então 42 rodadas do torneio, o equivalente a 40,48% do campeonato.
Oswaldo de Oliveira foi rebaixado com o Vitória em 2004 tendo participado de 14 das 46 rodadas (30,44%).
Ricardo Drubscky comandou o Ipatinga em 15 dos 38 jogos (39,47%) do Brasileiro de 2008. Entrou no meio da disputa e saiu antes do final sem reverter evitar a trajetória de queda.
Vanderlei Luxemburgo só não faz parte desse grupo porque o tapetão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) tirou pontos do Flamengo e da Portuguesa na competição de 2013 evitando que o Fluminense, que esteve em boa parte do torneio sob suas ordens, fosse relegado à Segundona.
Porém, no Clube, a carterinha de sócio Premium é de Gilson Kleina, que hoje está no Avaí. Em seu currículo figuram quatro rebaixamentos. Além da queda do Palmeiras em 'parceria' com Felipão em 2012, participou das quedas de Paysandu (2005), Paraná (2007) e Bahia (2014). Nunca comandou os times de ponta a ponta. Somando sua participação em todas as campanhas, responde por 37,5% das súmulas assinadas ao longo desses torneios.
Mas ele não é o único que pode ser penta em termos de rebaixamento em 2015. Hélio dos Anjos, do Goiás, também tem em seu extenso currículo a participação em quatro quedas para a Série B em 12 edições do Brasileiro de pontos corridos.
A primeira foi com o Vitória, em 2004. Depois, com o Fortaleza, em 2006. Em 2012, caiu com o Atlético-GO e também com o Figueirense. Porém, suas participações foram mais curtas do que as de Kleina. Somados os jogos em que comandou as equipes rebaixadas, Hélio dos Anjos dirigiu os times relegados em 20,63% das partidas das temporadas em que eles acabaram rumando para a Série B.
Esse ano, ambos podem se juntar a outros três que já foram rebaixados cinco vezes. Toninho Cecílio, que teve participação nas quedas de Fortaleza (2006), Vitória (2010), Prudente (2010), Avaí (2011) e Criciúma (2014); Antônio Lopes, atual supervisor do Botafogo, que caiu com o Coritiba (2005), Vasco (2008), Vitória (2010), Atlético-PR (2011) e América-MG (2011); e Lori Sandri, que morreu em 2014, e participou dos rebaixamentos de Criciúma (2004), Guarani (2004), Atlético-MG (2005), Paraná (2007) e América-RN (2007).
Argel Fucks, do Figueirense, e Marquinhos Santos, do Coritiba completam a lista de técnicos que estão na primeira divisão neste ano e já tiveram equipes rebaixadas ao final da temporada.
Argel caiu com o mesmo Figueirense em 2012. Comandou a equipe em 10 das 38 rodadas (26,32%). Marquinhos Santos participou da fracassada campanha do Bahia em 2014. Dirigiu o tricolor baiano em 12 das 38 rodadas.
O Clube dos Rebaixados tem 112 membros. Nessa lista estão incluídos todos os técnicos que tenham dirigido mesmo que seja apenas uma partida das equipes que terminaram o ano relegadas para a Série B.
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