Cristian pelo Palmeiras no Paulista 2005: um ano e meio com a camisa alviverde e quase sempre na reserva de Juninho
Foto: Djalma Vassão / Gazeta Press
Cristian chegou para aquela que seria sua segunda passagem pelo Ituano em 2010. Depois de alguns dias de treinamento, foi surpreendido por uma daquelas propostas que um jogador de 31 anos não pode recusar.
Ainda mais ele, que nunca jogara no exterior e pouco tinha passado por times grandes. Gestor em Itu já naquela época, Juninho Paulista tentou evitar sua saída, mas Cristian fez as malas para o Khazar Lankaran. O destino? Azerbaijão.
Quatro anos se passaram até que Juninho e Cristian se encontraram mais uma vez no Estádio Novelli Júnior para enfim reescrever a história do Ituano.
Mais precisamente no último domingo, depois que um lindo passe de Esquerdinha deixou o camisa 10 de frente para Aranha. Ele ajeitou o corpo, calibrou o pé direito e soltou uma bomba para decretar a vitória sobre o Santos no Pacaembu (veja o gol no fim da matéria).
"Ele sempre vê o jogo de fora e chega de canto em mim no intervalo", explica Cristian sobre a importância de Juninho Paulista, hoje seu dirigente. "Principalmente quando o time joga em casa. Ele entende, né? Então me diz para buscar mais o lado do campo, tabelar com o Rafael Silva e passar, receber nas costas do volante. São coisas que em campo você às vezes não vê", conta ao Terra.
A amizade entre o pentacampeão mundial e o atual dono da camisa 10 do Ituano surgiu antes disso, no Palmeiras em 2005. Cristian era o titular, mas perdeu a posição quando Juninho chegou. "Ele foi muito bem, fez um excelente Brasileiro e era difícil, para mim, disputar um lugar no time.
Em todos os jogos ele arrebentava com o Marcinho. Era um cara com nome, experiência", relembra Cristian sobre o time que foi à Libertadores depois de vencer o Fluminense na rodada final. da Série A.
Hoje aos 34 anos, e já na reta final da carreira, ele reconhece que aquela temporada ao lado de Juninho foi importante para seu amadurecimento, mesmo tardio. "Para mim, na verdade, foi muito bom. Sempre fui fã do futebol dele. Acabei não jogando (no Palmeiras), por um lado foi ruim, mas você cria experiência ao jogar com um campeão do mundo".
No Campeonato Paulista, Cristian vive as emoções à flor da pele
Questionado sobre como um jogador tão experiente vive momentos como a final do Paulista contra o Santos, Cristian não pestaneja. Afirma categoricamente que ainda se emociona com o futebol, mesmo aos 34 anos. "A gente vive à flor da pele no futebol. Todo campeonato é muito importante, a equipe que defendo é muito importante. Sempre fico muito emocionado (com as vitórias). A gente faz o que ama e não tem como não ser assim".
Quando se refere ao Ituano, Cristian tem carinho especial porque a primeira passagem foi fundamental em 2004. Após se destacar no Campeonato Paulista, foi transferido ao Paraná Clube, jogou a Série A do Brasileiro pela primeira vez e abriu caminho para chegar a uma equipe grande, no caso o Palmeiras. Após o Paulista 2014, ele sabe que é a hora de fazer o último bom contrato da vida.
"É a minha última etapa realmente", confirma. "Pode ser mais que um ano, quem sabe até três, mas vou buscar além do contrato a satisfação de estar em uma equipe grande, em um bom campeonato. Me cuido muito porque tenho que me respeitar, ser profissional em toda a extensão da palavra. Se pintar um clube na Série A, estou pronto", gargalha Cristian, jogador do Treze-PB na Série C 2013 e ainda capaz de sonhar com o futebol.
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