Casão defende Valdivia após vaias e pede consideração: "Ficou na Série B"

Casagrande elogia profissionalismo do chileno em momentos complicados e diz que Palmeiras deve levar isso em consideração na hora de tratar da renovação

Quando Valdivia voltou ao time do Palmeiras após ficar afastado por lesão, ainda no Campeonato Paulista, foi ovacionado pelos torcedores, situação bem diferente da que viveu no último sábado, quando ouviu vaias na estreia do Verdão no Brasileirão. O jogador, que ainda não acertou a renovação com o clube, foi assunto no "Seleção SporTV" desta segunda-feira e foi defendido por Casagrande. O ex-jogador e comentarista elogiou o chileno, fez uma comparação com o ex-palmeirense Barcos e lembrou a fidelidade do Mago ao clube nos momentos difíceis o que, segundo ele, precisa ser levado em consideração.



- Sei que ele joga poucas vezes, se machuca muito, às vezes não está em partidas importantes, mas é um jogador da seleção do Chile, com muita habilidade, e que ficou no time quando o time caiu para a segunda divisão (2012). Em todos os momentos difíceis do Palmeiras nos últimos três anos ele esteve. Não se escondeu, não achou que era desvalorização, como o Barcos. Ele jogava na LDU, ninguém sabia quem era, veio para Palmeiras, começou a ser convocado para seleção argentina e, quando o Palmeiras caiu, foi embora falando que jogar a Série B ia prejudicar a imagem. Foi para o Grêmio e nunca mais foi convocado. O comportamento do Valdivia é diferente - considerou.





Valdivia esteve em campo na partida contra o Atlético-MG e ouviu algumas vaias de torcedores (Foto: Marcos Ribolli)



Para Casagrande, a direção palmeirense tem razão em querer fazer um contrato de produtividade com o meia, mas deve levar em conta esse histórico do jogador com o clube e garantir a permanência. Embora entenda que o Mago é um jogador que nem sempre consegue uma sequência, especialmente pelo histórico de lesão, Casão diz que Valdivia demonstrou profissionalismo em momentos considerados complicados e bateu na tecla da permanência mesmo quando o clube foi rebaixado.



- Está certo que ele pode render mais, jogar mais vezes, mas é um cara que ficou no Palmeiras quando estava na Série B e não fez: "Eu sou Valdivia e tenho que jogar na Série A". Eu levo isso em consideração e acho q tem que se levar em consideração isso. Acho que o Palmeiras tem que tentar fazer um contrato de produtividade porque ele não joga muito, mas tem que reconhecer esse lado profissional do Valdivia, é meio contrassenso porque ele joga pouco, mas foi profissional nesse ponto. Quando caiu para a Série B ele podia falar "vou para China, para a Arábia, Europa" ou qualquer outro time do Brasil, como teve interesse do Flamengo pouco tempo atrás, e ele continuou - destacou.



O chileno tem contrato com o clube até agosto e discute com a diretoria se vai ou não estender o vínculo.

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