[OFF] Sem jogos até 2016, Santo André fazia 6 a 0 pela Libertadores há dez anos

12/5/2015 08:41

[OFF] Sem jogos até 2016, Santo André fazia 6 a 0 pela Libertadores há dez anos

Há exatamente uma década, Ramalhão fazia 6 a 0 sobre o Deportivo Táchira, no ABC Paulista, pela Libertadores. Hoje clube vive ostracismo à espera da Série A2 de 2016

[OFF] Sem jogos até 2016, Santo André fazia 6 a 0 pela Libertadores há dez anos

Rodrigão (à dir.) e Richarlyson (à esq.) festejam goleada (Foto:Osvaldo Ventura/Dgabc)



Tradicional equipe da Grande São Paulo, o Santo André amarga delicada situação na atual temporada: em pleno mês de maio, o departamento de futebol profissional do clube está "de férias" à espera da Série A2 do Paulistão de 2016. Difícil acreditar que, há exatos dez anos, esta mesma agremiação disputava (e fazia bonito) na Copa Libertadores da América.



No dia 12 de maio de 2005, no Estádio Bruno José Daniel, o Santo André recebeu o Deportivo Táchira (VEN), pela última rodada da fase de grupos do torneio sul-americano. Para avançar às oitavas de final, o Ramalhão precisava golear os venezuelanos e ainda torcer por uma derrota do Palmeiras, no então Palestra Itália, diante do Cerro Porteño.



Com gols de Sandro Gaúcho, Rodrigão (2), Romerito, Leandrinho e Richarlyson, o Santo André fez históricos 6 a 0 sobre o time aurinegro, sob olhares de 1.527 pagantes, na noite daquela quinta-feira. O feito do Ramalhão, contudo, de nada adiantou: empate de 0 a 0 na capital paulista e classificação de Palmeiras e Cerro Porteño à fase seguinte da Libertadores.



– Conseguimos nosso resultado, mas o Palmeiras, em casa, segurou o empate contra o Cerro. Lembro que fizemos um belo jogo. A equipe criou muito e não deu chances para o Deportivo. É um jogo que fica na memória, marcado na carreira. Com certeza contarei para netos, bisnetos... – discorreu Sérgio Soares, então técnico do Santo André e hoje à frente do Bahia, em entrevista ao LANCE!.





Sandro Gaúcho (em pé) tem três passagens pelo clube e é ídolo ramalhino (Foto: Osvaldo Ventura/Dgabc)



– O fato de jogar uma Libertadores, mais especificamente, me marcou muito, eu nunca havia jogado. Caímos num grupo bem qualificado, mas sabíamos também da nossa qualidade (...) Tinha um bom elenco em 2004, quando foi campeão da Copa do Brasil, que eu não participei. Muitos jogadores permaneceram em 2005 para a Libertadores – lembrou Rodrigão, artilheiro do Santo André e terceiro maior goleador do torneio naquela edição, com cinco gols.



Campeão da Copa do Brasil, "sapeca" na Libertadores... Fato é que, uma década atrás, um grupo de jogadores entrou para a história do Santo André, clube hoje com 47 anos de história.



– Era uma equipe que estava preparada para disputar as competições. Tinha muita força e muita qualidade, enfrentamos o Flamengo naquele ano (final da Copa do Brasil de 2004) já com o time equilibrado. E depois ainda nos reforçamos para a Libertadores. Acho que foi uma das melhores gerações do clube – contou Sérgio Soares, comandante na primeira, e até aqui única, participação do Santo André numa Libertadores.



ALGUNS ANOS, TÉCNICOS E REBAIXAMENTOS DEPOIS...



Muita coisa mudou no Santo André desde a geração responsável por levar a Libertadores ao ABC Paulista. Na última década, o clube amargou cinco rebaixamentos (dois estaduais e três nacionais) e trocou de treinador 28 vezes. Após um modesto nono lugar na Série A2 do Paulistão e uma eliminação precoce na Copa do Brasil desta temporada, a equipe somente retorna aos gramados de forma oficial no início de 2016.



Nem mesmo a Copa Paulista (torneio entre times de média e pequena expressão de São Paulo que dá vaga à Copa do Brasil do ano seguinte) terá o Ramalhão em 2015. O clube abdicou de sua vaga por conta da reforma que a Prefeitura de Santo André está fazendo no Bruno José Daniel. O estádio voltará a ter um setor coberto, além de novas instalações, iluminação e vestiários.





Bruno José Daniel está em obras (Foto: Reprodução/Instagram/renatoramos65)



– Fico triste pela tradição do clube, que infelizmente não consegue manter uma regularidade. Ano passado foi campeão da Copa Paulista, que deu acesso à Copa do Brasil de 2015. E infelizmente, agora no primeiro semestre do ano, não conseguiu os objetivos desejados – disse Rodrigão.



– É bem triste ver o Sandro André nesta situação. O Santo André tem uma camisa muito forte. A expectativa é que o clube volte a disputar competições mais importantes, no mínimo uma Série B, mas o processo é lento e o trabalho é arduo – completou Sérgio Soares.

"De molho" no restante da temporada, o Santo André irá liberar os jogadores que disputaram a Série A2 por empréstimo e emprestar os atletas formados na base ramalhina a equipes que ainda disputem ao menos uma competição na temporada. A missão da atual diretoria, inclusive, é reeguer o futebol do clube justamente com foco nos pratas da casa.



– O Santo André tem de cumprir algumas metas para poder pensar em coisas maiores. Atualmente estamos na Série A2 e a primeira missão é voltar à elite do futebol de São Paulo. Isso vai demandar algum tempo e o que nós aqui pensamos é repetir o projeto que executamos lá há dez, doze anos atrás, quando investimos de uma maneira muito forte nas categorias de base – falou Jairo Aparecido Livólis, atual presidente do clube.



– Temos de recompor projetos para os jovens do Santo André para construir um grupo que possa, dentro dos limites financeiros do clube, obter resultados técnicos mais expressivos.



Em dois, três anos o projeto é ter condições de defender resultados mais difíceis, seja no Paulista, seja no Nacional. Temos de construir um caminho – acrescentou o mandatário, que também esteve à frente do Santo André durante a Libertadores de 2005.



FICHA TÉCNICA:



SANTO ANDRÉ 6 X 0 DEPORTIVO TÁCHIRA



Data: 12 de maio de 2005

Local: Estádio Bruno José Daniel, em Santo André (SP)

Árbitro: Roberto Silveira (URU)

Renda/Público: R$ 10.525,00/1.527 pagantes

Gols: Sandro Gaúcho, aos 35'/1ºT (1-0); Rodrigão, aos 7'/2ºT (2-0); Romerito, aos 13'/2ºT (3-0); Leandrinho, aos 15'/2ºT (4-0); Rodrigão, aos 18'/2ºT (5-0); Richarlyson, aos 42'/2ºT (6-0)



Santo André: Júlio César; Diego Padilha, Dedimar e Fernando; Rafinha (Alexandre), Ramalho, Richarlyson (Fumagalli) e Romerito; Leandrinho (Makanaki), Sandro Gaúcho e Rodrigão. Técnico: Sérgio Soares.



Deportivo Táchira: Morales;nzález, Boada, Kloker e Cuevas; Bidoglio, Lucena, Muñoz (G. Perez) e Pérez (Depablos); Martinez (Brondo) e Rondón. Técnico: César Farias.





Duelo decisivo entre brasileiros e venezuelanos recebeu 1.527 pagantes (Foto: Osvaldo Ventura/Dgabc)










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