Márcio Araújo só foi apresentado no Flamengo no fim de fevereiro, após quase três meses parado como consequência da falta de renovação com o Palmeiras. Mas o volante virou herói menos de dois meses depois de sua chegada, fazendo nos acréscimos o gol do título carioca. E lembrou que o Vasco já comemorava a conquista da taça quando ele balançou as redes, no empate por 1 a 1.
"A torcida adversária já estava gritando olé, mas fizemos o gol. Em um momento de angústia, consegui coroar com o título", comentou o camisa 8, enquanto olhava a festa rubro-negra no Maracanã. "É de arrepiar. Só o Flamengo pode proporcionar tanta alegria e tanto sofrimento."
O Vasco tinha aberto o placar em cobrança de pênalti de Douglas, aos 30 minutos do segundo tempo. Aos 46, Wallace cabeceou no travessão e Márcio Araújo, em posição clara de impedimento, se esticou para aproveitar o rebote e garantir a conquista flamenguista.
No lance, o volante correu para a bola com Nixon, e houve quem desse ao atacante a autoria do lance. "O gol foi meu, pô", disse Márcio Araújo, feliz pelo que ocorreu depois da incerteza de seu destino com o fim da criticada passagem de quatro anos pelo Palmeiras.
"Cheguei ao Flamengo depois de passar alguns meses em casa, estava parado, mas a comissão técnica e os jogadores do Flamengo acreditaram em mim. Coroamos isso com o títulos", sorriu o meio-campista.
Durante o clássico de domingo, o camisa 8 foi protagonista de uma situação curiosa, quando usou um corte na boca para pedir cartão a um rival e acabou passando dois minutos fora de campo, porque o árbitro exigiu que ele saísse do jogo para conter o sangramento.
Ao final do jogo, contudo, Márcio Araújo logo foi abraçar seu filho Isaac, de sete anos, que também se misturou aos jogadores quando o capitão Léo Moura ergueu a taça. "Ele sofreu com o pai quando o Vasco fez 1 a 0, mas coroamos tudo com o título em uma emoção danada", vibrou o volante.
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