Após expor zaga em goleada, Palmeiras se cobra por maior compactação

Jogadores do setor ofensivo, como Cristaldo, devem ajudar ainda mais na marcação para proteger defesa



O Palmeiras se classificou para a terceira fase da Copa do Brasil vencendo o Sampaio Corrêa por 5 a 1, mas consciente de que o placar pode ser enganoso. Após um primeiro tempo sofrível, o time, mesmo balançando as redes cinco vezes, sofreu com duas bolas na trave, um gol adversário anulado e grandes defesas de Fernando Prass. A zaga se sente exposta e cobra compactação.



“Precisamos dar menos espaços para os caras. Eles estavam vindo com a bola dominada pra cima da gente, aí é complicado de pegar. Ainda mais com jogadores rápidos, como aquele Pimentinha. Mas rapaz, o homem é rápido demais”, falou Vitor Hugo, zagueiro que foi driblado diversas vezes pelo atacante no lance do gol maranhense.



“Se desse o bote nele, ia embora, eu tinha que ficar meio que cercando para outro chegar. O nosso time tem que encurtar mais a marcação e compactar mais o time. Laterais, volantes, meias, atacantes, o time inteiro tem que ajudar na marcação. Não é porque tomou o gol que o erro é só lá atrás, a bola não chegou lá atrás do nada, veio com os caras trabalhando. Temos que trabalhar para acertar isso”, prosseguiu o zagueiro.



Prass sofreu ainda mais no segundo tempo. “Ainda estamos dessincronizados. Às vezes, não conseguimos equilibrar bem a subida, atacamos sem organização defensiva e tomamos contra-ataques muito perigosos. Atacamos, tivemos volume de jogo, mas, sem a bola, deixamos a desejar”, definiu o goleiro, que costuma ajudar Oswaldo de Oliveira com suas análises.



“Precisamos ser um time mais seguro. Temos que atacar com volume de jogo, porque somos time grande, jogando em casa, mas, mesmo no ataque, já tem alguns jogadores responsáveis pela ação defensiva. Quando perdemos a bola, não podemos estar desorganizados como estivemos. Isso é falta de conversar, de concentração. Há situações que são sabidas que precisamos fazer e não fizemos. Não podemos abrir mão de ser um time ofensivo, é a nossa característica, só com o Gabriel como volante mesmo. Mas precisamos ter condições de criar e tomar menos sustos”, avaliou.



Oswaldo detectou a empolgação como responsável pelos sustos no primeiro tempo e prometeu mostrar os erros em vídeo a ser exibido para o elenco. “Temos muito acerto para fazer. O caminho é jogar com intensidade alta, velocidade, virada de jogo, passagens pelas laterais, bolas rasantes do lado da área, mas sem esquecer de organização e equilíbrio para não dar as chances que demos”, falou o técnico.



“Falam que se aprende na derrota, mas prefiro aprender na vitória. Vamos ser capazes e competentes de aprender com essa vitória, que não encobre os erros. Conversamos no vestiário que tivemos até mais erros do que em algumas derrotas que já sofremos”, comentou Prass.

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