A conquista do bicampeonato paulista protagonizada pelo Ituano no útimo domingo entrou para a história. O Galo de Itu se consagrou como o primeiro time de "menor expressão" a levantar a taça do Paulistão duas vezes. O mesmo clube que havia ficado com o título estadual em 2002, reeditou a bela campanha e garantiu o troféu neste ano de 2014.
Mas antes mesmo de o Ituano conquistar seu primeiro título do Paulistão, demais "zebras" já haviam aparecido. A Portuguesa com a polêmica decisão de pênaltis em 1973, a Inter de Limeira diante dos mais de 100 mil torcedores em 1986 e o Bragantino com o então desconhecido Vanderlei Luxemburgo em 1990 são exemplos. O São Caetano, em 2004, comandando por Muricy, é mais um caso.
RELEMBRE ABAIXO, EM DETALHES, AS "ZEBRAS" QUE JÁ DERAM AS CARAS NA HISTÓRIA DO PAULISTÃO:
1973 - Portuguesa
O Campeonato Paulista daquele ano ficou marcado pelo erro do árbitro Armando Marques, ao se confundir na contagem de pênaltis na decisão, o que acarretou na divisão do título entre Santos e Portuguesa.
Pela primeira vez na história do Campeonato Paulista a decisão foi levada às penalidades. O Santos acertou duas cobranças em três, enquanto a Portuguesa perdeu seus três primeiros pênaltis. No entanto, o juiz se confundiu e deu a partida por encerrada, quando a Portuguesa ainda tinha a chance de empatar a série.
Os santistas começaram a festejar o título, enquanto a Portuguesa deixou rapidamente o campo e o estádio. Quando o juiz se deu conta do erro e tentou chamar a Portuguesa de volta ao gramado, era tarde demais. A Federação Paulista de Futebol declarou as duas equipes campeãs.
1986 - Inter de Limeira
Naquele ano, poucos imaginariam que a Inter de Limeira seria a campeã, ainda mais depois da primeira rodada, quando perdeu de 3 a 1 diante do Palmeiras, mesmo time que seria derrotado mais tarde na final.
Faltando apenas duas rodadas para terminar o segundo turno, a Internacional já havia assegurado o primeiro lugar na classificação geral. Nas semifinais, enfrentou o Santos. Venceu a primeira partida em plena Vila Belmiro por 2 a 0 e também a segunda, no Limeirão, por 2 a 1.
Na final, enfrentou o Palmeiras com dois jogos no Morumbi. O primeiro confronto não saiu do zero, com um público de 104.136 pagantes. Na segunda e decisiva partida, com 64.564 pagantes, a Internacional venceu o Palmeiras por 2 a 1, com gols de Kita e Tato.
1990 - Bragantino
Em ótima fase, o Massa Bruta sagrou-se campeão paulista da primeira divisão no ano de 1990, revelando para o mundo o até então desconhecido técnico Vanderlei Luxemburgo.
A equipe decidiu a competição contra o Novorizontino em uma final que ficou conhecida como a "final caipira". Apesar de dois empates (1 a 1 e depois 0 a 0), o título ficou com o Bragantino.
O campeonato ficou marcado também pelo regulamento que não permitia descenso de clubes. Sorte do São Paulo, que fez péssima campanha e poderia ser rebaixado e disputar o Estadual de 1991 fora da elite.
2002 - Ituano
Sem os grandes clubes disputando o Paulistão, já que se concentraram na Liga Rio-São Paulo, o Estadual daquele ano ficou aberto a surpresas. Com 11 vitórias em 22 partidas, sendo a última contra o América (1 a 0), fora de casa, com um gol salvador de Silvinho aos 40 minutos da segunda etapa, o Galo de Itu garantiu o título nos pontos corridos.
O técnico Ruy Scarpino montou o elenco e saiu nas últimas rodadas, dando lugar para Ademir Fonseca. O elenco campeão tinha jogadores que hoje se destacam. Richarlyson, Pierre (ambos no Atlético-MG) e Basílio (aposentado) são exemplos.
2004 - São Caetano
Em 2004, liderado pelo técnico Muricy Ramalho, o Azulão tinha estrelas como Silvio Luiz, Mineiro, Euller e Fabrício Carvalho. O time eliminou o São Paulo (2 a 0 no Morumbi) e Santos (3 a 3 na Vila, depois 4 a 0 no Anacleto Campanella) antes de fazer a grande final contra o Paulista de Jundiaí.
Foram duas vitórias no Pacaembu que renderam ao time do ABC o título de campeão paulista.
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