Após 'anos de espera', Kelvin retoma velha fama de talismã no Verdão

Atacante de 21 anos acostumou-se a entrar no segundo tempo e participar de lances decisivos quando defendia Paraná e Porto. E poderia ter vindo ao Palmeiras em 2011

Kelvin entrou e marcou gol contra o Sampaio: foi o primeiro dele (Foto: Miguel Schincariol/LANCE!Press)





Kelvin poderia ter jogado pelo Palmeiras em 2011, quando Felipão pediu sua contratação, mas o “casamento” teve de esperar. Quando finalmente foi contratado, em janeiro, sofreu lesão no joelho esquerdo e novamente teve de esperar. São apenas cinco jogos até aqui, mas o desempenho do atacante tem mostrado que toda essa espera pode valer a pena.



- Quando o Palmeiras me procurou, eu já tinha contrato com o Porto, não teve como vir. Mas fiquei feliz pela proposta e agora deu certo de vir para cá - lembrou o jogador, que à época estava no Paraná.



Sua estreia pelo Verdão ficará marcada para sempre na memória: foi no empate por 2 a 2 com o Corinthians, em 19 de abril. Kelvin entrou na etapa final para jogar improvisado na lateral esquerda, foi bem e converteu pênalti na série que valeu vaga na final estadual.



Foi a primeira demonstração do lado talismã do jovem de 21 anos. Entrar no segundo tempo, jogar bem e ser decisivo é comum para ele. E foi assim nos últimos dois jogos, contra Atlético-MG (deu assistência para Rafael Marques no empate por 2 a 2) e Sampaio Corrêa (marcou gol na vitória por 5 a 1).



- Quando subi para o profissional do Paraná, já tive um período assim. Tinha acabado de subir, fiz gol na estreia e passei a ser um 12 jogador - disse o garoto, ao LANCE!.



Em outubro de 2010, com 17 anos, ele estreou no fim de um jogo entre Paraná e Guaratinguetá, pela Série B, e balançou a rede na vitória por 2 a 0. Já no Porto, virou xodó ao marcar dois em vitória por 3 a 1 sobre o Braga, também saindo do banco, e mais ainda pelo gol que fez aos 46 do segundo tempo contra o Benfica, garantindo triunfo por 2 a 1 que deixou seu time a um passo do título nacional de 2012/2013. O amuleto, agora (e enfim!), é verde.



Confira um bate-bola exclusivo com Kelvin:



Quando você recebeu a proposta do Palmeiras, lembrou que teve a chance de acertar antes, em 2011?



A gente lembra, né? O Palmeiras é um grande clube, quando veio a proposta de agora eu aceitei logo de primeira porque eu queria jogar aqui. Daquela vez eu queria vir, mas já tinha acertado tudo com o Porto.



Você se machucou e viveu uma longa espera para estrear. E o primeiro jogo foi logo contra o Corinthians... A ansiedade foi grande?

Fiquei ansioso, ainda mais por ter entrado na lateral esquerda, que não é minha posição. Senti nervosismo na hora, porque esperava entrar como atacante, mas depois que você entra e pega confiança já começa a ficar tranquilo. Fiz o gol de pênalti lá, fiquei feliz por isso. Vai ficar marcado na minha história e na do Palmeiras.



Como foi o período de recuperação? Você havia acabado de chegar, foi mais difícil se entrosar?



Foi difícil, nunca tive uma lesão grave antes. Não conhecia muitas pessoas aqui, acabei conhecendo primeiro o pessoal do departamento médico e os jogadores que estavam lesionados. Não foi um período bom, ninguém gosta de machucar, mas no futebol é normal. Quando entrei comecei a jogar já conhecia todo mundo, estava bem entrosado fora de campo.



Você briga por vaga em que posição do ataque?

Posso jogar aberto pela direita ou na esquerda, como entrei contra o Atlético-MG. Como falei, já entrei até na lateral esquerda. Se o professor precisar de mim na esquerda, no meio ou no ataque, vou estar sempre disponível para ajudar o Palmeiras.

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