Vasco reclamou da arbitragem (Foto: Bruno de Lima/ LANCE!Press)
As rodadas finais dos Estaduais-2014 deixaram uma insegurança. Seja no Rio, em São Paulo ou Minas, por exemplo, a arbitragem chamou a atenção, lançando um ponto de interrogação sobre o que se pode esperar no Brasileirão, que está às portas. Os auxiliares que erraram, considerados de alto nível, já estão até escalados para atuar na principal competição do país.
Nos minutos finais da final do Carioca, a não marcação de impedimento por parte do auxiliar Luiz Antônio Muniz de Oliveira fez com que o título do Flamengo ficasse marcado pelo erro de arbitragem. Árbitro principal, Marcelo de Lima Henrique acabou sendo induzido ao erro. Luiz Antônio faz parte do quadro da CBF e já está até escalado para atuar no Coritiba x Santos, pela segunda rodada da Série A.
Em Minas, um árbitro de outro estado foi chamado, mas a confusão veio junto para o Cruzeiro x Atético-MG. O gaúcho Leandro Vuaden - que, se tivesse sido aprovado nos testes físicos, teria sido o representante brasileiro na Copa-2014 - deu pênalti (duvidoso) de Dedé em Jô aos 43 do segundo tempo. Um gol daria o título ao Galo. Mas Vuaden retrocedeu ao ver a bandeira ser levantada pelo auxiliar Fábio Pereira, trazido do Tocantins. Impedimento marcado de forma indevida. Fábio é do quadro da Fifa e está escalado para Goiás x Criciúma, na segunda rodada do Brasileiro.
Em São Paulo, a repercussão foi menor do equívoco da arbitragem porque o prejudicado Ituano acabou levantando a taça, após se dar bem nos pênaltis. Do contrário, a reclamação seria em massa por causa do pênalti dado a favor do Santos no tempo regulamentar. Não que o zagueiro Alemão não tenha feito falta em Cícero, mas sim porque o meia santista estava impedido no começo da jogada. O auxiliar Danilo Ricardo Simon Manis, que vai atuar na estreia do Flamengo no Brasileiro, contra o Goiás, não viu.
Única parte do espetáculo que não é profissional, a arbitragem é costumeiramente usada pelos derrotados como desculpa para insucessos. Mas é preciso dar o braço a torcer e admitir que os equívocos têm mudado troféu de mãos e destino dos pontos. E o pior é que a solução não parece estar disponível a curto prazo, já que a tecnologia aprovada para o futebol é só a da linha do gol. Para a marcação de impedimentos, vai ser preciso confiar na falha visão humana.
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