Dudu, do Palmeiras, em julgamento (Foto: Taba Benedicto / Agência O Dia / Estadão Conteúdo)
Logo após ser anunciada a sua suspensão de 180 dias, Dudu conteve o choro e, com os olhos claramente marejados, rapidamente se levantou do plenário do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP), recusando-se a dar entrevistas. Saiu também calado da Federação Paulista de Futebol (FPF), onde ocorreu o julgamento. Mas, durante a sessão, avisou que essa pena pelo empurrão no árbitro Guilherme Ceretta de Lima seria injusta.
“O que eu fiz não é para tudo que estão falando e ficar seis meses sem jogar futebol, que é o que mais amo fazer na vida”, falou o atacante do Palmeiras, quando encerrou o seu depoimento, logo depois de responder a perguntas dos julgadores.
“Nunca tinha sido expulso na carreira. Tenho que me arrepender por ter deixado meus companheiros nessa situação e por tudo que aconteceu com o árbitro. Nunca fui de perder o controle de alguma forma. Se eu encontrar o árbitro, pedirei desculpas por tudo que aconteceu”, também disse o atacante.
Durante sua manifestação, o camisa 7 não confirmou ter dito a Ceretta “Você é um safado, sem vergonha. Veio aqui roubar a gente, seu filho da p..., mau caráter, ladrão”, como relatou o árbitro na súmula. Mas contestou o cartão vermelho que recebeu após se enganchar com Geuvânio, atacante do Santos que também foi expulso.
“Já tem alguns dias, não me lembro direito do que falei para ele. Mas estávamos perdendo o jogo e o título, eu tinha acabado de levar um cartão vermelho injusto porque eu e o jogador do Santos não tínhamos feito nada. Mas não falei tudo aquilo que está na súmula. No calor do jogo, devo ter falado algumas coisas, só que não tudo isso”, garantiu durante a sessão.
Ao advogado do Palmeiras, André Sica, Dudu passou confiança. “Ele já sabia o que ia acontecer, que era um caso diferente, de muito apelo, que a Federação se via em um momento de mostrar força. Ele estava preparado. Mas sabe que temos o recurso, que temos outros instrumentos e que faremos nosso melhor papel, dentro do nosso limite”, relatou Sica.
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