Foto: Giuliano Gomes
1- Será que por algum motivo- quem sabe até pelas arquibancadas vazias- os jogadores do Palmeiras pensaram que estavam apenas treinando e não precisavam ousar, chutar ou fazer gol?
Não deve ter sido nada disso, mas pelo desempenho, o Palmeiras não incomodou o Joinville, justificou o empate de 0 a 0 e deixou a impressão de que se não houver uma sacudida ou reação, correrá o risco de gerar de novo (talvez em dose menor) a aflição do ano passado, quando por pouco escapou do rebaixamento. Acredito que não chegue a tanto, mas é preciso repensar sobre as causas de rendimento ofensivo tão falho a ponto de o goleiro do Joinvielle não fazer uma boa defesa sequer.
É espantoso!
Quais teriam sido os motivos de futebol tão morno, tão desprovido de ofensividade?
Bem, em minha opinião, eis os motivos principais?
a) Valdivia já não está fazendo a diferença, pois anda sem ritmo e sem eficiência, incapaz de suportar um jogo inteiro. Além disso, talvez por falta de mais treinos, está a chutar pior do que nunca. Quem sabe melhore com Cleiton Xavier.
b) Rafael Marques precisa ficar mais perto da área, local onde realmente é perigoso. Longe dela, quase como ponta- direita, grandalhão do jeito que é, torna-se presa fácil da marcação.
c) Dudu, que já impressionou pelos dribles e pela velocidade, está inibido, não tenta mais as jogadas individuais. Estará abatido pelo seu julgamento marcado para esta segunda-feira?
Bem, some-se a estes atacantes, o fato do fôlego de Zé Roberto ter limites, no meio ou na lateral.
E o resto, o técnico Oswaldo de Oliveira que se explique, dizendo algo mais de “tivemos um dia ruim”.
Foto: Ale Vianna
2- Após a derrota para a Ponte Preta, em Campinas, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar disse que era preciso agradecer por “ter perdido só de um”. E como ousar contestá-lo?
Levando o gol aos 14 minutos do primeiro tempo, através de um belo chute de Renato Cajá- após a má saída de bola de Centurión-, o São Paulo correu outros perigos durante o jogo, com direito a boas defesas de Rogério Ceni e uma bola no travessão. E não houve troca de fogo, pois o São Paulo não criou coisa alguma.
Segundo o técnico Milton Cruz, “os jogadores ainda estão desanimados” (em função da eliminação da Libertadores). Nada a ver, nada a ver: são profissionais e Campeonato Brasileiro é outra competição, tão ou mais difícil do que a Libertadores e que pode levar a disputá-la de novo.
Desanimado deve estar o torcedor.
Foto: Ivam Storti
3- Para os grandes paulistas deve ter ficado como bom saldo a vitória do Santos sobre o Cruzeiro (1 a 0, gol de Geuvânio) e o triunfo do Corinthians sobre a Chapecoense também por 1 a 0, em estranho gol de Mendoza- ao desviar, de nuca, o chute de Fábio Santos. A vitória do Santos foi contra o atual bicampeão Cruzeiro, o que a torna mais importante; a do Corinthians, no sábado, aconteceu contra a Chapecoense, bem mais modesta, mas que o torna o atual líder da competição, 6 pontos ganhos, dois triunfos em dois jogos.
Foto: Jose Luis Silva
Só para finalizar, quanto aos grandes que venceram, é preciso exaltar o gol de Geuvânio, muito bom jogador e que, aos poucos, vem retomando a fama de excelente atacante e de bela revelação do futebol brasileiro.
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