Início ruim no Campeonato Brasileiro, derrota para o Internacional na decisão do Gaúcho, falta de dinheiro para contratações, elenco limitado...
Tudo isso está sendo discutido na manhã desta terça-feira pela alta cúpula do Grêmio em reunião que pode definir mudanças profundas na gestão do futebol. E o técnico Luiz Felipe Scolari corre o risco de cair.
O treinador que em seus primeiros 27 anos no banco de reservas nunca fora demitido, mas que agora pode receber o "bilhete azul" pela quarta vez nas últimas seis temporadas.
De 1982 a 2009, Felipão cumpriu os seus contratos e jamais tivera desavenças ou baixos resultados a ponto de uma diretoria encerrá-los de forma abrupta.
Tudo começou a mudar ao assumir o Chelsea, há seis anos. Com resultados abaixo da média apesar dos jogadores à disposição, foi demitido em fevereiro de 2009.
Saindo da Inglaterra, o pentacampeão mundial com a seleção brasileira foi para o Uzbequistão comandar o Bunyodkor e voltou ao Brasil após a Copa do Mundo de 2010 à frente do Palmeiras. Apesar do título da Copa do Brasil meses antes, o técnico não aguentou os maus resultados no Brasileirão, e sua demissão aconteceu em setembro de 2012 - o time alviverde viria a ser rebaixado pra a Série B nacional.
Surpreendentemente, ele retornou ao comando da seleção em novembro daquele ano, conquistou a Copa das Confederações, mas esteve à frente do maior vexame da história do futebol brasileiro com a derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal do Mundial (ainda perdeu por 3 a 0 para a Holanda na disputa do terceiro lugar).
Felipão foi demitido poucas horas depois do final do campeonato, em 13 de julho.
Agora, a decisão sobre a permanência do treinador campeão brasileiro e continental nos anos 1990 com o Tricolor Gaúcho, com quem tem contrato até dezembro de 2016, está nas mãos do presidente Romildo Bolzan Jr.
O mandatário vai se pronunciar oficialmente na tarde desta terça-feira.
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