Prass defende Dudu e diz que lance com juiz não... por LANCETV
Fernando Prass saiu em defesa de Dudu nesta terça-feira. Questionado diversas vezes sobre a suspensão de 180 dias imposta pelo TJD-SP ao camisa 7, o goleiro do Palmeiras disse que não enxergou o empurrão no árbitro Guilherme Ceretta de Lima, durante a final do Paulistão, contra o Santos, como agressão. Essa é justamente a posição do departamento jurídico do clube, que entrará com recurso e tentará convencer o Pleno do Tribunal a julgar o caso como ato hostil, cuja pena vai de um a três jogos de gancho. Ainda nesta semana, o Verdão entrará com pedido de efeito suspensivo para deixar o jogador à disposição de Oswaldo no domingo, contra o Goiás, pela terceira rodada do Brasileirão.
- Eu acho que não foi agressão. O Dudu erradamente reage contra o árbitro, mas não vejo agressão ali. Uma série de fatos desencadeou aquele momento. Ele tomou o vermelho direto, e não era lance para isso. O árbitro deu um amarelo equivocadamente para ele em um lance anterior, que nem falta foi. Chegou no lance ali, em que um amarelo estava de bom tamanho, e ele teve que dar vermelho. Só que teve que dar vermelho para dois, o Geuvânio e o Dudu. O maior prejudicado é o Geuvânio, que na pior das hipóteses mereceria o amarelo - opinou o camisa 1.
Geuvânio, expulso na mesma jogada que Dudu, também foi defendido por Prass. Ao contrário de Dudu, o santista não havia nem recebido cartão amarelo antes de ser excluído do jogo na Vila Belmiro.
- As pessoas usam muito o recurso para punir o jogador depois do jogo. Nesse caso, deveria ser usado o vídeo para tirar a punição do Geuvânio.
Apesar de defender Dudu, o goleiro do Alviverde não tentou inocentá-lo. Repetidas vezes, Prass disse que Dudu cometeu um erro ao partir para cima de Ceretta.
- Eu não disse que o Dudu tem que ser absolvido, não disse que o Dudu não fez nada. Mas não foi agressão, foi ato hostil. Um empurrão é diferente de agredir uma pessoa. Agredir é soco, pontapé, derrubar o cara no chão. O Dudu simplesmente encostou, deu um empurrãozinho, tanto é que o Ceretta mal se mexe no lance. O Dudu foi punido e ninguém está aqui para dizer que ele tem que ser inocentado. Mas se eu chegar agora e te empurrar, não posso dizer que te agredi. Na minha opinião, a punição de seis meses é desproporcional. Foi um ato grave, o árbitro é autoridade, mas seis meses é uma punição muito dura.
- Cada um amadurece no seu tempo e com as suas dificuldades. A minha dificuldade de amadurecimento é diferente da tua, do Dudu, do Zé Roberto... Para o Dudu, o que passou não tem como mudar. Que ele leve como exemplo, e não como um peso. Que ele possa, em cima desse momento difícil que vai marcar a carreira dele, dar a volta por cima - completou Prass.
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