Dudu, durante julgamento no TJD-SP nesta segunda-feira
Empurrão ou ameaça de morte? O bom senso aponta o segundo como mais grave. Entretanto, para o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP), o primeiro possui um valor digno de um castigo maior. Se Dudu recebeu o julgamento com os olhos marejados, o jogador Will, ex-Nacional-SP, teve muito o que comemorar com a decisão da entidade paulista.
Enquanto Dudu recebeu o castigo de 180 dias sem jogar, em primeira instância, por ‘atingir as costas do árbitro com o antebraço', William compareceu ao tribunal no último dia 27 de abril por algo mais grave, que extrapola o limite do bom senso.
Segundo a súmula do empate por 1 a 1 entre Taubaté-SP e Nacional-SP, válido pela 19ª rodada da Série A-3, Will ameaçou o fiscal da Federação Paulista de morte e, julgado, recebeu apenas dois jogos de suspensão; já cumpridos e que não impediram o atleta de se transferir para o Fernandópolis para atuar na Série B do Paulista.
No relatório, o árbitro Leandro Carvalho da Silva descreveu o caso envolvendo o jogador do Nacional da seguinte forma: "O atleta William Gabriel Ignacio foi expulso por agredir o fiscal Sr. Valter Criado Filho, segurando-o pelo pescoço e dizendo as seguintes palavras: ‘sou bandido, vou te matar'."
Súmula mostra os atos cometidos pelos jogadores; até ameaça de morte foi relatada
William foi apenas um dos envolvidos na enorme confusão entre Taubaté e Nacional, jogo ocorrido no último dia 19 de abril. Além de Will, Guilherme, julgado no mesmo dia, também recebeu dois jogos de punição do tribunal; neste caso, Gui, como é conhecido, arremessou ‘um recipiente com seis garrafas d'água na equipe de arbitragem'.
Nem todos os jogadores do Nacional, contudo, contaram com a complacência do TJD-SP. Caio Mendes, julgado na última segunda-feira, minutos antes do esperado ‘Caso Dudu', também recebeu 180 dias de suspensão. Na súmula, Caio é acusado de agredir o árbitro com um ‘chute no joelho direito'.
Por outro lado, o jogador Didi, do Nacional, também permanecerá seis meses afastados do gramado, de acordo com a decisão em primeira instância, por também agredir a equipe de arbitragem; no caso, o atleta deu um soco nas costas do assistente Danilo Ricardo Simon Manis e precisou ser contido pela polícia para não cometer mais atos hostis.
A gravidade de todo o ‘Caso Nacional' era de ciência do Palmeiras. O próprio advogado do clube alviverde, André Sica, tentou comparar a diferença das duas confusões para buscar uma menor punição a Dudu. Entretanto, tal estratégia acabou devidamente ignorada pelo tribunal, o mesmo que aplica apenas dois jogos a um jogador responsável por ameaçar um funcionário da FPF de morte.
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