Dudu foi punido por ter empurrado árbitro no jogo contra o Santos (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)
O Palmeiras tem esperança de reverter a situação e diminuir a pena ao atacante Dudu, punido pelo pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paulista de Futebol (FPF) com um gancho de 180 dias. A exemplo do que fez no primeiro julgamento, o Verdão vai tentar desqualificar a denúncia de "agressão" para "ato hostil" quando recorrer. O narrador Milton Leite não concorda com o argumento e diz que o empurrão de Dudu no árbitro Guilherme Ceretta de Lima deve ser considerado agressão. Ele apenas questiona a pena mínima impostas nesses casos.
- Acho que está discutindo se é pouco ou muito, o que tem que se discutir é esse código que estipula 180 dias como mínimo, acho que é discutível. O que não dá é para o cara agredir. Empurrão é agressão, não interessa se empurrou fraco ou forte, se tirou sangue ou não. Se uma cusparada é agressão e você nem encosta na pessoa, empurrão também é; Se há agressão, como o próprio Palmeiras confessa que é culpado, porque não tentou absolvê-lo e sim rebaixar para ato hostil, o código precisa ser rediscutido. É uma discussão que o mundo do futebol tem que ter. Mas considerar que foi empurrão, e empurrão é ato hostil, não: empurrão é agressão como qualquer outra, não precisa tirar sangue para ser agressão - considerou, em participação no "Seleção SporTV".
Durante o programa, por telefone, o advogado do Palmeiras, André Sica, explicou o argumento e disse que o clube vai usar outros casos, como o do corintiano Petros, para tentar reduzir a pena - ano passado, o jogador do Timão deu uma trombada no árbitro Raphael Claus, em jogo contra o Santos, o que inicialmente foi tratado como agressão. Nesse caso, o jogador do Timão chegou a ser punido com o mesmo gancho (180 dias) em primeira instância, mas o clube conseguiu desqualificar a denúncia e a pena foi reduzida para uma suspensão por três partidas. Para Milton, são situações diferentes.
- Com relação ao caso Petros, na minha opinião, não é a mesma coisa. Talvez pudesse até entrar como agressão como no primeiro julgamento. Mas o caso do Dudu é um pouco mais grave porque o jogo estava parado, ele tinha sido expulso e vai para cima do juiz. No caso do Petros o jogo sequer estava parado, a bola estava rolando - lembrou.
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