Ainda não houve martelo batido, mas é forte a tendência. A comissão permanente que discute segurança pública no futebol do estado de São Paulo vem procurando encontrar um consenso sobre os próximos clássicos envolvendo Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos serem com torcida única.
A comissão é formada por 11 pessoas e presidida pelo secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes. A ideia é que haja uma reunião mensal para avaliar as medidas e discutir novos temas. Fazem parte dela representantes de clubes, da Federação Paulista de Futebol e está prevista a integração de um membro da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo.
De acordo com o secretário, também está em análise o uso da biometria na entrada dos estádios, incluindo os seus custos, além de uma forma mais eficaz para o cadastramento dos membros das torcidas organizadas. O responsável levantou a questão e mostrou que existe uma possibilidade real sobre tais mudanças:
"Há uma questão que é sempre discutida: torcida única ou não? Não houve consenso entre os participantes, nem entre as autoridades públicas, nem entre os representantes de clubes. É algo que devemos analisar. Se houver necessidade, será que é torcida única ou a mudança da forma de destinação dos 5% de ingressos do time visitante? Como destinar isso?", questionou o secretário.
Alexandre foi além e discorreu sobre a venda de cervejas perto dos estádios:
"Há controvérsias sobre o fechamento ou não dos bares ao redor dos estádios. Não se pode beber dentro do estádio. Não se pode vender bebida. A violência diminuiu? Será que você retirando o entorno, as pessoas que querem beber não irão beber antes? É algo que segue sob análise. É um processo evolutivo", disse.
A título de exemplo, na última semana, torcedores do Boca Juniors agrediram com spray de pimenta e outros artefatos os atletas do River Plate no estádio da Bombonera. Na Argentina, o consumo de bebida alcoólica dentro dos estádios é proibido. Os clássicos, torcida única.
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