Fundada na Itália em 1961, a Parmalat ficou muito conhecida no Brasil principalmente a partir da década de 90. Com uma estratégia de marketing inovadora junto ao Palmeiras, a empresa do ramo de alimentícios foi um expoente para outras parcerias que vieram depois no futebol brasileiro.

A entrada em 1992 junto ao Palmeiras não foi por acaso. A intenção da marca italiana era quebrar as barreiras impostas por marcas concorrentes já consolidadas no cenário nacional e finalmente ganhar o gosto do público brasileiro. Naquela época, o clube alviverde vinha de um jejum de títulos enorme na década de 80. Sem mencionar o fato evidente de que se tratava de um clube com raízes italianas, assim como a própria empresa.

Por tudo isso, foi diferente de um mero contrato de patrocínio visando exposição de marca. A Parmalat queria mais, e, para tanto, propôs um contrato de co-gestão com o clube da capital paulista. O acordo firmado previa que a empresa italiana não só expusesse sua marca, mas também administrasse o departamento de futebol, vôlei, basquete, futebol de salão e hóquei sobre patins, blindando assim os dirigentes do clube e tendo participação fundamental no que viria adiante. Estratégia esta que foi capitaneada por José Carlos Brunoro, que inclusive fez parte da última gestão de Paulo Nobre e deixou o clube ao fim de 2014.
O exemplo "Parmalat/Palmeiras" até hoje é visto por especialistas do mercado esportivo como um dos melhores modelos de gestão empresarial esportiva do mundo, figurando inclusive entre os 10 maiores cases de patrocínio esportivo estudados na universidade da FIFA. Em 31 de dezembro de 2000 o contrato com a Parmalat se encerrou e não foi renovado. Dois anos depois do término da relação, o Palmeiras, com dirigentes acomodados pelos anos vindouros de antes, foi rebaixado para a 2ª divisão.
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